Dados do Trabalho


Título

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE FORMULAÇÕES INFANTIS PARA PREPARAÇÃO DE MAMADEIRAS EM UM LACTÁRIO DE MACEIÓ

Introdução

As formulações lácteas infantis são uma importante fonte de nutrição para lactentes, que dependem desse alimento para seu desenvolvimento durante o primeiro ano de vida. No entanto, a contaminação dessas formulações por microrganismos patogênicos nos lactários hospitalares pode contribuir para infecção e intoxicação alimentar dos lactentes. Objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica de formulações lácteas de um lactário hospitalar em Maceió, Alagoas.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo realizado entre 2015 e 2020, onde foram coletadas 288 amostras de fórmulas lácteas infantis. As amostras foram coletadas em condições assépticas, em suas embalagens originais (150 mL) e encaminhadas para o Laboratório de microbiologia de Alimentos da Universidade Federal de Alagoas. Foram realizadas as determinações de coliformes totais e termotolerantes, staplylococcus coagulase positiva, bacillus cereus e salmonella sp. Os resultados foram comparados com o preconizado pela RDC nº 12/01 da ANVISA, visto que durante o período de coleta e análise das amostras (2015-2020) esta era a legislação vigente. A RDC n° 60/2019, apesar de ser publicada em 2019, só entrou em vigor em dezembro de 2020.

Resultados e Discussão

Das 288 amostras, 17 (5,90%) estavam em desacordo com os padrões microbiológicos vigentes. Os resultados indicaram ausência de coliformes totais de 2015 a 2018. Em 2019, foram analisadas 48 amostras, das quais 2,08% (n=1) estavam fora dos padrões de conformidade. Em 2020, esse percentual aumentou para 14,58% (n=7). Em 2020, também foram analisadas 48 amostras, destas, apenas uma apresentou coliformes termotolerantes. Bacillus cereus foi encontrado acima do permitido em 2,43% (n=7) nos anos de 2016, 2018, 2019 e 2020, com contagens variando de 1,0 x 10² a 1,7 x 10³ UFC/mL. Todas as amostras apresentaram-se dentro dos padrões para Salmonella sp e Staphylococcus coagulase positivo. Apesar de a maioria das amostras estarem dentro dos padrões microbiológicos, em alguns momentos houve descuido quanto à manipulação das formulações lácteas.

Conclusão

Reforça-se a necessidade de práticas rigorosas de higiene e monitoramento contínuo para garantir a segurança alimentar dos lactentes, principalmente por se tratar de um público de alta vulnerabilidade.

Área

Toxicologia e microbiologia de alimentos

Instituições

Universidade Federal de Alagoas - Alagoas - Brasil

Autores

Ellen Vitória Rodrigues de Lima Freire, Evaniely Letícia Ferreira Onório, Thaysa Barbosa Cavalcante Brandão