Dados do Trabalho

Título

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE EXTRAÇÃO ASSISTIDA POR ULTRASSOM DE PECTINAS DA CASCA DE MARACUJÁ DA CAATINGA (Passiflora cincinnata) ATRAVÉS DE DELINEAMENTO COMPOSTO CENTRAL ROTACIONAL

Introdução

A pectina da casca do maracujá da caatinga (Passiflora cincinnata), fruta nativa do bioma Caatinga é um bioproduto natural com diversas propriedades funcionais e benefícios para a saúde. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da amplitude, ciclo de trabalho do ultrassom de alta intensidade e do pH da solução extratora (ácido cítrico) no rendimento e na quantidade de pectina extraída das cascas do maracujá da caatinga.

Material e Métodos

Foi utilizado um delineamento composto central rotacional com três variáveis independentes (2³), com as seguintes faixas de parâmetros: amplitude de 30 a 90%; ciclo de trabalho de 8 a 92%; pH de 1,5 a 3,5, sendo o rendimento a variável dependente analisada. A extração assistida por ultrassom foi realizada com equipamento operando na frequência de 20 kHz, equipado com uma sonda de 13 mm e 15 minutos de processamento.

Resultados e Discussão

Os rendimentos de extração variaram de 5,81 a 9,39%, sendo que nas condições do ponto central, foram obtidos em média 7% de rendimento. Os efeitos mais significativos foram o termo linear da amplitude e termo quadrático do pH, seguido da interação ciclo de trabalho e amplitude.

Conclusão

Assim, um novo processo de extração assistida por ultrassom para obtenção de pectina a partir da casca de maracujá da caatinga pode ser proposto utilizando condições ácidas (pH<1.9), amplitude e ciclo de trabalho em torno de 70%, sendo necessários novos estudos a fim de se avaliar as características químicas das pectinas obtidas bem como avaliar se rendimentos maiores podem ser obtidos utilizados diferentes ácidos (orgânicos e inorgânicos).