Dados do Trabalho
Título
INFLUÊNCIA DE DIFERENTES ÁCIDOS NA EXTRAÇÃO CONVENCIONAL DE PECTINAS DA CASCA DE UMBU (Spondias tuberosa L.)
Introdução
O umbu (Spondias tuberosa L.) é uma fruta nativa da Caatinga, região semiárida do Nordeste brasileiro, com grande importância econômica, cultural e social principalmente no estado da Bahia. Além de ser consumida in natura, suas diversas partes, como a polpa e a casca, têm sido alvo de estudos para a extração de compostos bioativos de alto valor agregado, como a pectina. Assim a influência de diferentes ácidos orgânicos e inorgânicos no rendimento de extração convencional de pectinas (PEC) a partir da farinha de casca de umbu (FCU) foi estudada.
Material e Métodos
O resíduo insolúvel em álcool (RIA) foi obtido a partir da FCU submetida a um sistema de agitação em banho-maria a 70°c por 33 minutos com etanol 80% na proporção 1:3 (m/v), em seguida as pectinas foram obtidas utilizando soluções de ácido cítrico (AC), ácido oxálico (AO), ácido nítrico (HNO₃) e ácido clorídrico (HCl) com pH 1,5, proporção de 1:30 (m/v) em chapa de aquecimento sob agitação constante a 70°C por 30 min/800 rpm. A precipitação foi feita com etanol absoluto e após filtração a PEC foi seca em estufa a 35°C.
Resultados e Discussão
Após análise de variância e teste de Tukey (p>0,05) observou-se diferença significativa entre o AC em relação aos demais tratamentos. O maior rendimento (%, m/m) de pectinas foi obtido para o processo conduzido com AC, sendo alcançado cerca de 15,85%±1,17, enquanto o rendimento para o AO, HNO₃ e HCl foi de 11,39%±0,28, 11,28%±0,05 e 11,39%±0,16, respectivamente. Essas diferenças podem ser explicadas pela natureza do ácido empregado, sugerindo nesse estudo que ácidos orgânicos são mais eficientes na extração de pectinas da casca de umbu.
Conclusão
Portanto, o processo de extração de pectinas a partir de subprodutos da casca de umbu foi mais eficiente utilizando o ácido cítrico, que é um ácido orgânico compatível com os processos da indústria de alimentos, mais sustentável e com menor impacto ambiental quando comparado com os ácidos inorgânicos.
Área
Processos e tecnologias emergentes
Instituições
Universidade Federal da Bahia - UFBA - Bahia - Brasil
Autores
Isabelle Palma Patrício Santos, Géssica Thailane Silva Pinto, Denise Nathiele Santos Souza Batista, Jacqueline Carvalho Souza, Joseane Cardoso Gomes Alencar, Bruno Nicolau Paulino