Dados do Trabalho
Título
QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS INDIVIDUAIS POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (HPLC) EM DOIS EXTRATOS DE SÁLVIA (Salvia officinalis)
Introdução
Hodiernamente sabe-se, pelo estudo da fitoquímica, que as plantas possuem um mecanismo de defesa contra estímulos agressores, que consiste na produção de micromoléculas, por meio de seu metabolismo secundário. Espécies nativas são mais resistentes por se adaptarem melhor a condições desfavoráveis. A sálvia (Salvia officinalis) originária da América Latina e Mediterrâneo, desenvolve-se bem nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, sendo, suas folhas, usadas frequentemente em infusões, com o objetivo de extrair compostos que auxiliem na melhora da saúde, por sua capacidade antioxidante e teor de fenólicos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi quantificar os principais compostos fenólicos individuais da sálvia através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC).
Material e Métodos
Para tanto, foram coletadas plantas inteiras em propriedade rural na Região Metropolitana de Curitiba (-25.291241 S 25º17’28.46652”, -49.204232 W 49º12’15.23592”). Após separação das folhas, lavagem, sanitização, secagem em estufa a 40±3°C, as mesmas foram trituradas e o produto final denominado farinha de sálvia (FS). A partir da FS preparou-se dois extratos, sendo um extrato etanólico (EE) em solução de etanol 30%, e outro, extrato metanólico (ME) em solução de metanol 80%. Ambos os extratos foram analisados por espectrometria de massa em tandem de ionização por eletrospray por HPLC. O software Analyst 1.6.2 foi utilizado para quantificação, aquisição e processamento dos dados.
Resultados e Discussão
Foram quantificados 17 compostos fenólicos em EE, totalizando, 58.506,6 µg/L de fração fenólica. Os principais compostos identificados foram a quer-3-glu, ácido cafeico, quer-3-rhamno e 3.4-DHB, representando, respectivamente, 31.471; 9.628; 3.331; 1.524 µg/L. Em ME, foram caracterizados 13 compostos, totalizando, 25.334,2µg/L. Os mais expressivos foram a quer-3-glu, ácido cafeico, ácido benzoico e kaem-3-rut, representando, respectivamente, 11.698; 6.952; 1.105; 1.101 µg/L. As classes e quantidades dos compostos extraídos foram diferentes, indicando que estratégias diversas de extração podem melhorar a capacidade de extração de classes de fenólicos específicas. Em EE, por exemplo, foram extraídos 6% de aldeídos, classe não extraída em ME.
Conclusão
Com base nos resultados, percebe-se que os compostos fenólicos mais expressivos encontrados na sálvia foram a quer-3-glu e o ácido cafeico. Ademais, houve diferenças na extração entre EE e ME, onde, respectivamente, o quer-3-rhamno e o ácido benzoico, tiveram destaque.
Área
Química, bioquímica e físico-química de alimentos
Instituições
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - Paraná - Brasil
Autores
VINICIUS DIAS SANTOS, FRANCIELLE GOUVEIA SILVA, KARLA SUZANA MORESCO, SUELEN ÁVILA, JOSIANE FÁTIMA GASPARI DIAS, CLÁUDIA CARNEIRO HECKE KRUGER