Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO DE FARINHA OBTIDA DO RESÍDUO DO PROCESSAMENTO DO SUCO DE ACEROLA ORGÂNICO

Introdução

A abordagem da Indústria para a economia circular, focando na redução de resíduos alimentares, é fundamental para promover a sustentabilidade. Integrar subprodutos no ciclo produtivo, além de agregar valor aos produtos pode oferecer oportunidades inovadoras na criação de novos ingredientes e aditivos, além de combater a insegurança nutricional. O Brasil é o maior produtor mundial, maior consumidor e exportador de acerola. Deste fruto extrai-se vitamina C e polpa, resultando em resíduo rico em compostos bioativos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da secagem na farinha de resíduo do processamento de polpa de acerola orgânica.

Material e Métodos

O resíduo foi separado em três amostras e secas em secador industrial com circulação de ar forçado, nas temperaturas de 40°C (F40), 50°C (F50) e 60°C (F60). Após as secagens, os resíduos foram duplamente triturados em moinho de facas. As análises foram conduzidas em triplicata, sendo realizadas no resíduo in natura (RI) e nas farinhas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA), e ao teste de médias Tukey a 5% de probabilidade. Avaliou-se a composição físico-química, a atividade de água, a cor e a atividade antioxidante total foi determinada pelo método da captura do radical livre DPPH.

Resultados e Discussão

A atividade de água para a F40, F50 e F60, diferiram significativamente, respectivamente, 0,5297 ± 0,0577, 0,4623 ± 0,012 e 0,3967 ± 0,014. A composição centesimal das farinhas não apresentou diferença significativa para o pH, os teores de cinzas (g/100g), proteínas e fibras totais, ferro (mg/100g), zinco, cálcio e magnésio apresentando valores médios de 3,96±0,07, 4,07±0,03, 10,17±0,06, 48,83±0,071, 0,679 ± 0,0003, 0,0674 ± 0,0006, 62,9114 ± 0,0049 e 6,4126 ± 0,0038, respectivamente. A acidez titulável (% ácido cítrico) foi estatisticamente diferente, 3,63±0,55, 4,88±0,47 e 5,66±0,34, respectivamente para F40, F50 E F60. RI apresentou o maior poder de sequestro do radical DPPH (μg Trolox/g de amostra), igual a 67, 9711± 0,0027, para F40, F50 E F60, respectivamente, 34, 6894 ± 0,0032, 51,6822 ± 0,0049 e 45, 8503 ± 0,0018, todos os valores diferiram significativamente.

Conclusão

F50 é uma farinha nutritiva com potencial para ser utilizada no preparo e enriquecimento de alimentos.

Área

Sustentabilidade na cadeia produtiva de alimentos

Instituições

Universidade Estadual de Maringá - Paraná - Brasil

Autores

Priscila de S. GOMES, Amábile M. MARQUES, Aíssa M. SILVA, Jaqueline R. FERREIRA, monica r. s. scapim