Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA CASTANHA, TORTA E COMPOSIÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS DO ÓLEO DA CASTANHA DE SAPUCAIA ( LECYTHIS PISONIS CAMB.)

Introdução

A região amazônica abriga diversas espécies de plantas oleaginosas com um potencial promissor para a indústria alimentícia. Ultimamente, as castanhas têm recebido atenção especial por serem fontes naturais de vitaminas, minerais, proteínas e ácidos graxos essenciais, contribuindo assim para a dieta humana. A árvore de sapucaia, pertencente à família Lecythidaceae e originária da região amazônica, produz sementes comestíveis que apresentam um potencial econômico significativo a ser explorado. Diante disto, o presente trabalho teve como objetivo determinar as propriedades físico-químicas da castanha e do óleo extraído da castanha de sapucaia (Lecythis pisonis Camb.).

Material e Métodos

A matéria-prima foi obtida no município de São Francisco do Brejão, localizado no estado do Maranhão. Foram realizadas análises físicas, físico-químicas e perfil de minerais da castanha in natura e na torta desengordurada. No óleo obtido por prensagem a frio foi realizada análise de composição do conteúdo total de ácidos graxos, determinado por cromatografia em fase gasosa.

Resultados e Discussão

A castanha e a torta apresentaram altos teores de umidade (23,2 a 22,5%), lipídios (40,1 a 36,2 %), proteína (22,3 a 24,6%), e valor energético (497,7 a 478 kcal), e baixo teor de carboidratos (11,9 a 13,5 %), respectivamente. O óleo da sapucaia apresentou elevada composição de ácidos graxos insaturados, com destaque para os ácidos oleico (37,76%) e linoleico (43,81%). Os índices de aterogenicidade de 0,20, de trombogenicidade de 0,89 e a relação dos ácidos graxos hipocolesterolêmicos/ hipercolesterolêmicos de 2,98 indicam excelente composição nutricional e qualidade funcional. Em relação a composição mineral, os minerais cálcio (192,1mg 100g-1) magnésio (252,6mg 100g-1) e fósforo (162,1mg 100g-1) se destacaram por seus elevados teores.

Conclusão

A composição nutricional da castanha de sapucaia e torta desengordurada apresentou elevados teores de lipídios e proteínas, podendo, portanto, fazer parte da dieta como fonte energético proteica. A avaliação do perfil lipídico revelou elevados teores de ácido linoleico, um importante ácido graxo essencial, e um alto teor de ácidos graxos monoinsaturados indicado um perfil lipídico favorável a saúde cardiovascular. A castanha de sapucaia também demostrou ser rica em minerais como cálcio, ferro e magnésio.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

Universidade Estadual de Campinas - São Paulo - Brasil, Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil, Universidade Federal do Tocantins - Tocantins - Brasil

Autores

Samarone Xavier da Silva, Najara Sousa da Silva, Anderson Ferreira Vilela, Caroline Roberta Freitas Pires