Dados do Trabalho


Título

ESTABILIDADE DE PROBIÓTICOS EM BEBIDA DE AVEIA DURANTE ARMAZENAMENTO E DIGESTÃO GASTROINTESTINAL SIMULADA

Introdução

O aumento do consumo de bebidas vegetais resulta em uma demanda emergente de mercado para atender populações específicas como alérgicos a proteína do leite, intolerantes a lactose e vegetarianos estritos. Produto funcionais com base vegetal são escassos e podem favorecer a saúde dos consumidores. Culturas probióticas são capazes de promover adequada modulação intestinal, entre outros benefícios. Probióticos podem ser veiculados em produtos de matriz vegetal adequada, embora existam desafios tecnológicos a serem vencidos. O objetivo do presente trabalho foi investigar amostras de duas bebidas simbióticas a base de aveia (Avena sativa) fermentadas com diferentes cepas, quanto a sua capacidade de sobrevivência durante o armazenamento e digestão simulada.

Material e Métodos

Foi realizado o preparo de extrato de aveia (Avena sativa) seguido de inoculação e fermentação, na forma de monoculturas, até atingir-se o pH 4,5±0,1 com as culturas: Lacticaseibacillus rhamnosus SP1 e Limosilactobacillus reuteri LR92 (gentilmente cedidas pela empresa Sacco, Itália). Para avaliar a viabilidade das culturas, foram submetidas a contagem de unidade formadora de colônia (UFC) em diferentes momentos pós-fermentação (dias: 01, 07, 14, 21 e 28) e nas fases gástrica e intestinal da digestão simulada in vitro utilizando protocolo INFOGEST 2.0.

Resultados e Discussão

A fermentação da L. rhamnosus SP1 teve tempo médio de três horas para chegar no pH de 4,5±0.1, ao longo de 28 dias de armazenamento apresentou uma contagem inicial de 7,75±0,01 e final de 8,0±0,2, ao ser submetida a digestão simulada apresentou 7,04±0,05 após fase gástrica e 6,79±0,07. Enquanto a L. reuteri LR92 levou uma média de oito horas para atingir o mesmo pH, a contagem ao longo do armazenamento foi de 10,01±0,09 inicialmente, passando para 7,79±0,03 ao final, após digestão simulada apresentou contagem de 6,62±0,04 após fase gástrica e 6,14±0,03 após fase intestinal.

Conclusão

Foi possível identificar que ambas as cepas atenderam ao consenso internacional de apresentarem níveis entre 10 6 – 10 7 UFC/ml no produto, além apresentaram sobrevivência adequada após a digestão gastrointestinal simulada.

Área

Alimentos funcionais e nutrição

Instituições

Unicamp - São Paulo - Brasil

Autores

Bárbara Geciana Tomaz Santos, Rafaela Nunes Sanches, Juliana Alves Macedo, Adriane Elisabeth Costa Antunes