Dados do Trabalho

Título

COFERMENTAÇÃO DE RAÇÃO EXTRUSADA VEGETAL PARA ALIMENTAÇÃO DE TILÁPIA DO NILO COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE SACAROSE COMO STARTER PARA O CRESCIMENTO MICROBIANO

Introdução

A formulação de rações exclusivamente vegetais representa uma inovação no setor aquícola. Essa novidade enfrenta alguns desafios que podem ser mitigados pela utilização de microrganismos fermentadores.

Material e Métodos

Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar o impacto da sacarose como starter e fonte inicial de carbono na fermentação de ração vegetal extrusada para a alimentação de tilápia do Nilo, além de analisar a cinética de crescimento microbiano. Foi formulada uma ração extrusada isoproteica e isoenergética contendo apenas componentes vegetais. A cofermentação da ração foi investigada com dois tratamentos: um com adição de 1% de sacarose (T1) e outro sem (T2), ambos recebendo três microrganismos: Lactobacillus acidophilus (8 UFC g−1), Saccharomyces cerevisiae (30,25 mg de fermento comercial) e Bacillus spp. (8 UFC g−1). Os tratamentos foram incubados a 36 °C por 24 horas. Para a análise da cinética de crescimento microbiano, foram coletados 5g de cada tratamento em intervalos de 6 horas para análise microbiológica em placas. As amostras foram inoculadas em placas com MRS ágar para bactéria ácido lática (BAL), TSA ágar para Bacillus spp. e PDA com 0,1% de cloranfenicol para leveduras. As análises foram realizadas em quadruplicata e as placas incubadas invertidas a 36 °C por 24 e 48 horas.

Resultados e Discussão

Os resultados mostraram que a adição de sacarose em T1 resultou em uma fase de adaptação mais curta e um início mais rápido da fase de crescimento exponencial para todos os microrganismos avaliados. A contagem de BAL em T1 atingiu um pico de 7,6 Log UFC g−1; Bacillus spp. 7,87 Log UFC g−1 e leveduras 7,34 Log UFC g−1 em 12 horas. Após o pico exponencial, a população microbiana em T2 diminuiu significativamente para BAL e leveduras, sugerindo rápida exaustão de nutrientes ou acúmulo de subprodutos inibitórios. A B. spp. manteve maior estabilidade após atingir o pico exponencial de crescimento entre 6 e 18 horas.

Conclusão

Conclui-se que a adição de sacarose promoveu um crescimento microbiano inicial mais rápido e um pico populacional mais alto. A presença de sacarose como starter pode otimizar a fermentação, acelerando a produção de biomassa microbiana.