Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DE SISTEMAS PULVERULENTOS LIPOSSOMAIS CONTENDO ÁCIDO ASCÓRBICO E PALMITATO DE ASCORBILA FRENTE A CÉLULAS SANGUÍNEAS HUMANAS

Introdução

O ácido ascórbico (AA) e o palmitato de ascorbila (AP) são dois poderosos antioxidantes, amplamente utilizados na indústria alimentícia, mas apresentam baixa estabilidade. Existem vários estudos utilizando nanotecnologia através do encapsulamento para proteger esses compostos e aumentar sua estabilidade em diferentes sistemas, como os lipossomas. No entanto, os lipossomas são produzidos na forma líquida e, por estarem na forma líquida, podem sedimentar, separar fases ou ser contaminados. Uma alternativa para melhorar a estabilidade dos lipossomas é a secagem por pulverização, amplamente utilizada na indústria alimentícia. Assim, o objetivo deste trabalho foi converter formulações lipossomais líquidas contendo a associação de AA e AP em sistemas pulverulentos e avaliar o perfil de citotoxicidade dessa formulação.

Material e Métodos

Inicialmente, formulações lipossomais líquidas foram produzidas através do método de evaporação em fase reversa na concentração de 1 mg/mL de AA e PA, após a produção as formulações foram secas por pulverização (LPS-AAP) e seu perfil de citotoxicidade foi analisado através do teste de viabilidade celular (0,1, 0,5, 1, 5, 10, 15 e 20 μg/mL), empregando o reagente MTT.

Resultados e Discussão

Inicialmente os sistemas lipossomais pulverulentos, LPS-AAP, apresentaram características físico-químicas adequadas. Em relação ao perfil de citotoxicidade, o LPS-AAP não reduziu a viabilidade celular em nenhuma das oito concentrações testadas.

Conclusão

Esse resultado pode ser devido a composição do LPS-AAP, que possuí antioxidantes nanoencapsulados em lipossomas, o ácido ascórbico e o palmitato de ascorbila. A partir dos resultados preliminares podemos evidenciar que os sistemas pulverulentos lipossomais contendo ácido ascórbico e palmitato de ascorbila não apresentaram citotoxicidade in vitro, o que pode sugerir aplicações na indústria de alimentos para esses sistemas.

Área

Toxicologia e microbiologia de alimentos

Instituições

Universidade Federal de Santa Maria - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Fernanda Reis Favarin, Éricles Machado Forrati, Vitória Almeida Bassoto, Samanta da Silva Gündel, Diulie Valente de Souza, Alencar Kolinski Machado, Aline de Oliveira Fogaça, Aline Ferreira Ourique