Dados do Trabalho


Título

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E FLAVONOIDES DA FARINHA DA CASCA DA PITAYA LIOFILIZADA E SECA EM ESTUFA

Introdução

A pitaya vermelha (Hylocereus polyrhizus) é uma fruta tropical conhecida por propriedades nutricionais e potencial antioxidante, embora seja um fruto exótico no Brasil, a produção é crescente. A polpa é consumida, mas sua casca, permanece subutilizada comercialmente, considerada um resíduo. Este estudo teve como objetivo analisar os compostos fenólicos totais (TPC) e flavonoides totais (TFC) e antioxidantes da casca da pitaya seca em estufa e liofilizada.

Material e Métodos

Os frutos foram colhidos em Formosa do Sul – SC, as cascas foram higienizadas, sanitizadas e divididas em duas partes: uma seca em estufa (40°C) por 2 dias e outra liofilizada. Ambas as partes foram trituradas e peneiradas a 60 mesh. As farinhas resultantes passaram por extração em banho ultrassônico com etanol a 30%, seguida de centrifugação e filtração. As análises realizadas incluíram a quantificação de compostos fenólicos totais (TPC) pelo método de Folin Ciocalteau, a determinação de flavonoides totais (TFC) pelo ensaio com cloreto de alumínio e avaliação da atividade antioxidante pelos métodos de poder de redução do ferro FRAP e de sequestro dos radicais livres DPPH e ABTS.

Resultados e Discussão

O teor de TPC na casca liofilizada (144,56 mg GAE/100g), não diferiu significativamente da casca seca em estufa (109,47 mg GAE/100g). A casca liofilizada apresentou significativamente (p<0.05) maior conteúdo de TFC (200,18 mg CE/100g), FRAP (1115,38 µmol TE/100g) e atividade antioxidante pelos métodos de DPPH e ABTS respectivamente (852,55 µmol TE/100g) e (1632,83 µmol), quando comparada com a casca seca em estufa TFC (116,07 mg CE/g), FRAP (774,92 µmol TE/100g), DPPH (482,01 µmol TE/100g) ABTS (964,78 µmol TE/100g). A diferença na composição antioxidante entre as cascas liofilizadas e secas em estufa pode ser atribuída ao tempo e temperatura de secagem. Mesmo baixas temperaturas por longos períodos podem degradar os compostos bioativos.

Conclusão

Este estudo demonstra que a escolha do método de processamento, como a liofilização, embora tenha maior custo é importante para preservar e maximizar o potencial antioxidante das cascas, promovendo seu uso em produtos alimentícios com valor agregado.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

UFPR - Paraná - Brasil

Autores

KARLA SUZANA MORESCO, SUELEN ÁVILA, SILA MARY RODRIGUES FERREIRA