Dados do Trabalho


Título

CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DOS COMPOSTOS FENÓLICOS DA CASCA DO CAFÉ ROBUSTA (COFFEA CANEPHORA)

Introdução

A indústria de alimentos continua enfrentando desafios significativos devido à ação de microrganismos patogênicos e deterioradores, resultando em perdas econômicas e riscos à saúde do consumidor. Nos últimos anos, o anseio pela valorização de recursos naturais tem crescido significativamente, motivado pela demanda de oferecer produtos mais saudáveis e funcionais. Os compostos fenólicos, presentes em plantas, têm despertado interesse devido às suas propriedades antioxidantes. Associado a isso, há uma elevada produção agrícola no Brasil, destacando-se a cultura do café, estando entre os países com maior produção mundial. No entanto, a casca do café, um resíduo abundante do beneficiamento do grão, permanece subutilizada, apesar de conter elevado teor de compostos fenólicos. A capacidade desses compostos de neutralizar radicais livres e proteger as células contra danos oxidativos oferece não apenas benefícios potenciais para a saúde humana, mas também oportunidades para a indústria desenvolver tecnologias sustentáveis e naturalmente preservadas. Diante disso, aplicação de técnicas de extração assistida por ultrassom surge como uma alternativa promissora para a recuperação eficiente de compostos fenólicos, oferecendo vantagens como menor tempo e temperatura de extração, além de maior eficiência em comparação com métodos convencionais. O objetivo do estudo foi determinar a capacidade antioxidante do extrato bruto obtido da casca de café Robusta (Coffea canephora).

Material e Métodos

O extrato foi obtido utilizando-se 10 g de casca (previamente triturada em pulverizador) e 40 mL de solvente (etanol, metanol, acetona e água destilada na proporção de 1:1:1:1 v/v/v/v), sendo esse homogenato submetido a ultrassom de alta frequência (probe) com amplitude de 90% por 4 minutos. Posteriormente, a capacidade antioxidante foi determinada pelos métodos de captura dos radicais livres DPPH, ABTS・+e FRAP.

Resultados e Discussão

O extrato apresentou capacidade antioxidante EC50 de 2596,86g casa de café/gDPPH ; 25,97 µM trolox/g casca de café; e 0,038µM sulfato ferroso/g casca de café, respectivamente para os métodos de captura dos radicais DPPH, ABTS e FRAP.

Conclusão

Observou-se baixa capacidade antioxidante da casca de café Robusta conforme os métodos utilizados, o que enfatiza a importância de novos estudos e análises para potencializar a extração dos compostos fenólicos da casca do café.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Autores

Anna Maria Costa LADEIRA, Brígida D’Ávila OLIVEIRA, Luciana Rodrigues DA CUNHA, Camila SALIERNO Carvalho Menezes SALIERNO, David Eduardo Jimenez CENTENO, Marcus Vinicius Pereira LEMOS, Chrísley Guimarães ALVES, Marina Maximiano de Oliveira SANTOS