Dados do Trabalho

Título

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DE UM PROTÓTIPO DE EMBALAGEM ATIVA E BIODEGRADÁVEL PARA MUDAS DE PLANTAS: O

Introdução

Devido ao consumo desenfreado de plásticos, aumentando a poluição global, o interesse em desenvolver polímeros biodegradáveis aumentou. Entre os biopolímeros, a gelatina é destacada como material para elaboração de filmes biodegradáveis. O objetivo desse estudo foi realizar análises mecânicas de um protótipo de “Biosaco” desenvolvido a partir do uso de gelatina, glicerol, extrato de Aloe vera e adição de fosfato de cálcio.

Material e Métodos

Folhas frescas de Aloe vera foram foram lavadas, sanitizadas, homogeneizadas, filtradas, armazenadas a -4°C e posteriormente misturadas com 10% de gelatina, 10% de glicerol e 20% de Aloe vera. O fosfato de cálcio foi adicionado à mistura inicial. A mistura foi aquecida, submetida a banho ultrassônico, vertidas em placas Petri e encaminhadas para secagem em estufa a 50°C por 24 horas. Foram realizadas análises de tensão máxima e trabalho mecânico. A biodegradabilidade foi avaliada pela perda de massa dos bioplásticos no solo. O "Biosaco" foi produzido e os resultados foram analisados estatisticamente com teste t com intervalo de confiança de 95% usando Excel.

Resultados e Discussão

Na análise da espessura dos bioplásticos, não houve diferença significativa estatisticamente entre a formulação sem adição de fosfato de cálcio (0,06 mm) e a com adição (0,09 mm). Ambas formulações mantiveram as mesmas dimensões ao serem removidas do suporte. Por outro lado, houve diferença significativa na tensão máxima, com valores de 62,26 MPa sem fosfato de cálcio e 40,66 MPa com fosfato de cálcio, possivelmente devido a variações no teor de umidade dos bioplásticos. Os dois tipos de bioplástico apresentaram um alongamento máximo de 200%, demonstrando flexibilidade e resistência adequadas para serem utilizadas como embalagens. Essas características são atribuídas às propriedades elásticas da gelatina, que forma filmes flexíveis devido às propriedades elásticas das proteínas, especialmente colágenos hidrolisados. Além disso, os bioplásticos biodegradáveis demonstraram alta degradabilidade em 30 dias em solo não padronizado, validando sua aplicação sustentável como embalagens.

Conclusão

Os resultados apontam boas perspectivas da utilização do “Biosaco” como alternativa ao polietileno e caracterizando-se como embalagem ativa, introduzindo aditivos.