Dados do Trabalho


Título

QUANTIFICAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE E TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS E FLAVONOIDES DA SÁLVIA (Salvia officinalis)

Introdução

O Brasil abriga mais de 46 mil das espécies vegetais conhecidas, o que contribui para fazê-lo ocupar a primeira posição dentre as nações consideradas mega diversas. Dentre as espécies encontradas no país está a sálvia (Salvia officinalis), originária do Mediterrâneo, e considerada, em algumas regiões, uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC). Seus usos dão-se principalmente como condimento alimentar ou fitoterápico. Nesse cenário, Políticas Públicas têm sido estimuladas e implementadas visando agregar valor às espécies subutilizadas, inserindo-as no hábito alimentar da população e contribuindo para a manutenção de sua saúde. Assim, o objetivo desta pesquisa foi valorizar a sálvia por meio da quantificação do potencial antioxidante, dos compostos fenólicos totais (TPC) e flavonoides totais (TFC).

Material e Métodos

Para isso, coletou-se amostra de sálvia de propriedade rural (-25.291241 S 25º17’28.46652”, -49.204232 W 49º12’15.23592”) no estado do Paraná, Brasil. Após seleção e sanitização, as folhas foram desidratadas a 40±3oC, trituradas e o produto obtido denominado farinha de sálvia (FS). A extração dos compostos fenólicos da FS em solução a 80% de metanol resultou em extrato metanólico (ME), e em água, em extrato aquoso (AE). O potencial antioxidante foi determinado segundo captura de radicais 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH) e 3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico (ABTS) e atividade antioxidante de redução de ferro (FRAP). Utilizou-se como padrão Trolox (ET) e Ácido Gálico (EAG), e as análises foram realizadas em microplacas de 96 poços, medindo-se a absorbância em comprimento específico. A análise estatística foi realizada em GraphPad Prism versão 10.2.3.

Resultados e Discussão

Os resultados, expressos em mMol ET/100g, para DPPH, ABTS, FRAP e mMol EAG/100g para TPC e TFC, foram respectivamente, no ME, 91,12±16,71; 59,35±0,58; 96,21±29,24; 4,76±0,68; 5,24±0,46; e no AE, 44,92±5,72; 17,67±3,26; 21,05±0,89; 2,52±0,11; 5,04±1,69. Ao compararmos a atividade antioxidante dos dois extratos analisados, percebe-se maior atividade em ME, demonstrando que a capacidade antioxidante é alterada de acordo com o solvente utilizado na extração. Em relação ao teor de fenólicos e flavonoides não houve diferenças entre os dois métodos de extração.

Conclusão

Com base nos resultados obtidos, indica-se que a sálvia apresenta atividade antioxidante promissora, podendo auxiliar na manutenção da saúde, e que a extração com solução de metanol 80% pode favorecer essa capacidade.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - Paraná - Brasil

Autores

VINICIUS DIAS SANTOS, FRANCIELLE GOUVEIA SILVA, SUELEN ÁVILA, JOSIANE FÁTIMA GASPARI DIAS, CLÁUDIA CARNEIRO HECKE KRUGER