Dados do Trabalho


Título

OBTENÇÃO DE FARINHA A PARTIR DE RESÍDUOS DE MELÃO E SEU POTENCIAL ANTIOXIDANTE

Introdução

O melão é uma das principais frutas cultivadas no país, porém, a alta produção gera muitos resíduos alimentícios, aumentando a preocupação pelo desperdício e pela busca por alternativas de aproveitamento integral. A produção de farinhas a partir desses resíduos é uma alternativa promissora, devido às suas propriedades benéficas à saúde, valor nutritivo e capacidade antioxidante, além de serem um possível substituto para a farinha de trigo. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi elaborar farinhas a partir dos resíduos do melão, utilizando secagem em estufa com circulação de ar (FA) e estufa à vácuo (FB) e avaliar seu potencial antioxidante.

Material e Métodos

Os melões foram adquiridos em comércio local e passaram por etapas de higienização, sanitização, corte e despolpamento de forma manual. As cascas e sementes foram distribuídas em formas de alumínio e submetidas a dois métodos de secagem: em estufa com circulação forçada de ar à 70°C por 24 horas, e em estufa à vácuo a 70°C por 29 horas. A determinação de atividade antioxidante foi realizada utilizando espectrofotômetro com comprimento de onda de 517 nm, utilizando o radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil). Os resultados foram quantificados utilizando curva padrão de TROLOX com resultados expressos em µM equivalente de Trolox, por g de amostra. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas através do teste Tukey ao nível de 5% de significância.

Resultados e Discussão

Os resultados obtidos para as farinhas FA (18,35 ± 0,22 μM Trolox/g) e FB (17,42 ± 0,09 μM Trolox/g) não mostraram diferença significativa, indicando que o método de secagem não afeta a capacidade antioxidante dessas farinhas.

Conclusão

Ambas farinhas apresentaram capacidade antioxidante superior aos valores encontrados em outros estudos, como na farinha de casca de banana (11,31 μM Trolox/g) e na farinha de casca de cajá-manga (11,53 ± 0,62 μM Trolox/g). Isso sugere que os resíduos de melão são ótimas fontes de antioxidantes, podendo contribuir para a saúde geral. Esses achados destacam a importância do uso dos subprodutos de melão no desenvolvimento de novos produtos devido às suas propriedades funcionais

Área

Alimentos não convencionais: fontes alternativas

Instituições

UFPEL - Rio Grande do Sul - Brasil, UNIPAMPA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Júlia Fagundes Trojahn, Gabriela Avello Crepaldi, Andressa Carolina Jacques, Catarina Motta de Moura