Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO SANITÁRIA DE ALHO TRITURADO E ALHO EM PASTA DO PROGRAMA ESTADUAL DE MONITORAMENTO DE ALIMENTOS PELO LACEN/SC

Introdução

A utilização de produtos derivados do alho prontos para o consumo, como alho triturado e alho em pasta, vem apresentando crescimento de mercado devido a demanda pelo consumidor de alimentos de utilização conveniente e saudáveis. Em Santa Catarina o Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade Sanitária de Alimentos (PEMQSA) visa garantir à população catarinense o acesso a alimentos seguros. Este trabalho objetiva avaliar a qualidade sanitária de produtos derivados do alho.

Material e Métodos

Foram analisadas 20 amostras de alho triturado (n=10) e alho em pasta (n=10), oriundas do PEMQSA, comercializadas no território do estado de Santa Catarina e coletadas pelas Vigilâncias Sanitárias Municipais, no período de junho de 2023 a maio de 2024. As análises de pesquisa de matérias estranhas e identificação de elementos histológicos por microscopia, a determinação de Escherichia coli pela técnica do número mais provável, a pesquisa de Salmonella sp. por presença/ausência e a avaliação de rotulagem foram realizadas no Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina.

Resultados e Discussão

Todas as amostras analisadas apresentaram valor < 3 NMP/g de Escherichia coli e ausência de Salmonella em 25g, conforme legislação vigente. Com relação às análises de microscopia, 10% das amostras apresentaram resultado insatisfatório, tendo 01 amostra apresentado 03 fragmentos de insetos indicativos de falhas das Boas Práticas de Fabricação e em 01 amostra foi detectada a presença de amido de milho, não especificado na lista de ingredientes do produto. Atualmente a norma que define características de identidade e qualidade do alho, não contempla os produtos derivados do alho, portanto não existe um regramento que defina a composição e quais ingredientes são permitidos na produção destes produtos. Por fim a análise dos rótulos evidenciou que 80% das amostras apresentaram diversas irregularidades na rotulagem, que incluem desde divergências na denominação de venda até a inadequação às novas regras de informação nutricional.

Conclusão

Assim, conclui-se que, do ponto de vista da qualidade higiênico-sanitária, 90% das amostras analisadas estão adequadas para o consumo humano, entretanto a alta porcentagem de rótulos irregulares encontrados corrobora a importância do monitoramento destes produtos pelos órgãos de fiscalização a fim de garantir à população o acesso correto às informações de rotulagem.

Área

Aspectos regulatórios e inovações em embalagens de alimentos

Autores

Marina Silva Teixeira, Maria Tomázia da Luz Veríssimo, Priscila Nuernberg Rossa, Pedro Ivo Pinheiro Fuchs, Angélica Lorenzetti, Regina Coeli de Oliveira Torres, Gracieli Martini, Rozicléa Refosco, Denise de Cavalho Caldeira