Dados do Trabalho

Título

EFEITO DE DIFERENTES CONDIÇÕES DE SECAGEM NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE FARINHAS DA FOLHA DA AMORA NEGRA (MORUS NIGRA L.)

Introdução

A folha da amora negra (Morus nigra L.) é reconhecida por sua composição nutricional e fitoquímica rica e diversificada. Para preservar suas propriedades nutricionais, a secagem é um método indispensável, garantindo também a conservação dos compostos bioativos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar as farinhas obtidas a partir da folha de amora negra com relação a composição centesimal, teor de Flavonoides Totais e atividade antioxidante para avaliar os efeitos de três diferentes binômios de tempo x temperatura na secagem.

Material e Métodos

As folhas foram secas em estufa de circulação de ar forçada a 40, 50 e 60 ºC, e trituradas para obtenção das farinhas. As farinhas foram caracterizadas quanto a umidade e cinzas por meio do método gravimétrico, proteína pelo método Kjeldahl e lipídios por Goldfish. O teor de flavonoides totais (TFT) e atividade antioxidante (DPPH, ABTS e FRAP) foram determinados por espectrofotometria. A análise estatística foi realizada por ANOVA com teste de Tukey (p ≤ 0,05).

Resultados e Discussão

Os valores de umidade foram de 10,90±0,06; 9,50±0,11 e 8,27±0,02 para 40, 50 e 60 ºC, respectivamente. As variações dos teores de cinzas (15,60±0,04 a 17,12±0,07), proteína (23,82±0,63 a 24,62±0,59) e lipídios (2,66±0,06 a 3,35±0,22) foram expressos em percentual (base seca). O TFT variou entre 15,21±0,89 e 15,92±1,15 (µg de equivalentes de quercetina/mg de amostra). A atividade antioxidante expressa em DPPH, ABTS e FRAP variaram entre; 1,80±0,01 e 1,83±0,01; 20,41±0,59 e 25,59±0,94 e 65,67±1,14 e 67,84±3,30 (µg de equivalentes de trolox/mg de amostra), respectivamente.

Conclusão

Diferenças significativas foram encontradas entre as amostras para as avaliações de umidade, cinzas e lipídeos. Para a avaliação do teor proteico não foram encontradas diferenças significativas, assim como na avaliação do TFT e potencial antioxidante DPPH e FRAP. Para análise de ABTS foi constatada a diferença significativa entre as amostras secas a 40 e 60 ºC, sendo a maior atividade encontrada na amostra seca a 60 ºC. Portanto, a condição de secagem que promoveu melhor manutenção dos nutrientes e das atividades antioxidantes evidenciado neste estudo foi a de 60 ºC.