Dados do Trabalho


Título

Análise microbiológica de água de coco comercializadas no Centro de Teresópolis-RJ

Introdução

A água de coco é amplamente comercializada no Brasil. Em Teresópolis, município da Região Serrana do Rio de Janeiro, é apreciada como uma bebida refrescante e saudável, disponível em vários pontos de venda pela cidade. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os riscos à saúde decorrentes da contaminação por coliformes totais e termotolerantes na água de coco integral comercializada em Teresópolis-RJ.

Material e Métodos

Foram coletadas 4 amostras de água de coco integral compreendendo 100% do centro comercial de Teresópolis-RJ, armazenadas em bolsa térmica e transportadas para o laboratório de microbiologia do Campus Quinta do Paraíso UNIFESO. Foram realizadas análises de contagem de número mais provável em série de três tubos em três diluições para determinação da contaminação por coliformes totais e termotolerantes.

Resultados e Discussão

Os resultados foram encontrados na tabela de Número Mais Provável (NMP) para série de três tubos. De acordo com a tabela de NMP, as amostras apresentaram os seguintes resultados para coliformes termotolerantes: 43 NMP/mL nas amostras 1 e 3, 21 NMP/mL na amostra 2, e 75 NMP/mL na amostra 4. Para coliformes totais, os resultados foram: 93 NMP/mL nas amostras 1 e 3, 35 NMP/mL na amostra 2, e 75 NMP/mL na amostra 4. Além disso, as análises de pH das amostras apresentaram valores na faixa de normalidade, variando de 5,39 a 5,45. A análise de sólidos solúveis (Brix) mostrou valores entre 5,8 e 6,0, mantendo-se dentro da faixa de normalidade.

Conclusão

As amostras de água de coco analisadas apresentaram contaminação por coliformes totais e termotolerantes, indicando condições inadequadas de higiene durante o processamento, armazenamento ou comercialização. A IN N° 161 estabelece limites a partir de 10 NMP/mL para E. coli, micro-organismo patogênico do grupo dos coliformes termotolerantes. Sendo padrão microbiológico baixo para bebidas in natura é crucial mais estudos no setor, tais como repetir o experimento em meses mais quentes que valorizem a multiplicação microbiana. Sendo assim, os resultados sugerem falhas nas boas práticas, aumentando o risco de DTA e enfatizando a necessidade de um controle de qualidade eficaz pelos estabelecimentos.

Área

Toxicologia e microbiologia de alimentos

Autores

Giovanne Yps Miguel Machado, Carolina Ramos Oliveira, João Vitor Navega Britto, Thaís Martins Amorim, Cecylia Luiza Nonato Sotero , Sarah Ramos Portela, Flávia Aline Calixto