Dados do Trabalho


Título

PERCEPÇÃO, CONHECIMENTO E POTENCIAL DE CONSUMO DO ÓLEO DE PALMA REFINADO NAS REGIÕES BRASILEIRAS

Introdução

O óleo de palma bruto (OPB) é considerado o óleo vegetal mais produzido no mundo e o Brasil ocupa o décimo lugar nesta produção. Devido ao seu odor e sabor característico, cerca de 80% da produção total deste óleo é direcionada para o processo de refino, permitindo sua aplicação em inúmeros produtos alimentícios. Assim, o objetivo do estudo foi compreender a percepção, o conhecimento e o potencial de consumo do óleo de palma refinado em diferentes regiões do Brasil.

Material e Métodos

A pesquisa foi realizada utilizando o Google Forms. Após responderem ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), 1.065 participantes responderam de forma anônima um questionário com 23 questões sobre o óleo de palma refinado, com a utilização da escala Likert de 5 pontos. Os dados foram expressos em porcentagens e frequências absolutas.

Resultados e Discussão

A maioria dos participantes não possui uma opinião definitiva em relação a maior utilização do óleo de palma refinado (OPR) na indústria alimentícia (67,89%), na formação de substâncias tóxicas durante o processo de refino (79,62%) e no seu uso como substituto da gordura trans e outras (55,87%). Os entrevistados também permaneceram neutros (63,94%) quanto à presença de OPR em um produto, assim como não verificam se este óleo consta na lista de ingredientes do produto (69,48%). Quanto aos alimentos consumidos diariamente com o OPR, tem-se a margarina (20%), o molho de tomate (17,18%) e a granola (13,43%). Ademais, consideraram o OPR moderadamente saudável ou saudável (33%) ou acham muito ou extremamente provável adquirir produtos com este óleo (30,3%).

Conclusão

Entretanto, o consumo diário de alimentos contendo OPR pode representar riscos à saúde humana devido à formação, durante seu refinamento, de substâncias com risco carcinogênico, além de resultar em perdas de nutrientes importantes, como os carotenoides e a vitamina E. Portanto, este estudo destaca a necessidade de incentivar a conscientização sobre o consumo de OPR e auxiliar a população na escolha consciente da sua utilização, visando preferencialmente a ingestão do OPB, visto que está associado a um maior teor nutrientes quando comparado ao OPR.

Área

Ciências Sensoriais e perfil do Consumidor

Autores

Alana Moreira Bispo, Michelle Silva Rezende Santos, Agnes Sophia Braga Alves, Edilene Ferreira da Silva, Itaciara Larroza Nunes, Camila Duarte Ferreira Ribeiro