Dados do Trabalho

Título

COMPOSTOS BIOATIVOS DO CAMBUCI (Campomanesia phaea)

Introdução

O cambuci, cientificamente conhecido como Campomanesia phaea, é uma fruta originária do bioma da Mata Atlântica e pertencente, à família botânica Myrtaceae, a qual é reconhecida na literatura científica por seus membros com potencialidades bioativas. O aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) expande o interesse das indústrias em encontrar compostos bioativos em frutas e vegetais. Diante disso, este trabalho tem como objetivo avaliar o potencial bioativo do cambuci.

Material e Métodos

Foram realizadas as determinações de compostos fenólicos (utilizando-se o método espectrofotométrico de Folin-Ciocalteau), flavonóides (utilizando-se quercetina preparada em solução etanólica), taninos condensados e hidrolisáveis (utilizando o método Vanilina-HCl), carotenóides (método espectrofotométrico) e clorofila (utilizando acetona 80% para extração).

Resultados e Discussão

Foram encontrados 545,3 mg.g-¹ GAE de fenólicos; 1,34 mg de quercetina.g-¹ de flavonoides; 0,4452 mg.g-¹ de taninos condensados; 26,4 mg.g-¹ de taninos hidrolisáveis; 9,17 mg de β-caroteno.g-¹ de carotenoides e 41,79 mg.g-¹ de clorofila.

Conclusão

Os compostos bioativos do cambuci despertam o interesse de pesquisadores por sua capacidade de prevenção a problemas de saúde, como doenças degenerativas, processos inflamatórios e distúrbios cardiovasculares. Os fenólicos e flavonóides são conhecidos por sua capacidade de combater os radicais livres e proteger contra doenças crônicas, enquanto os taninos condensados e hidrolisáveis podem contribuir para a adstringência e outras características sensoriais do fruto. Os carotenóides conferem a cor característica ao fruto e têm sido associados a benefícios para a saúde ocular e imunológica. Além disso, a presença de clorofila sugere potencial efeito desintoxicante e antioxidante. Esses compostos destacam o cambuci como uma opção nutricionalmente rica e funcional, com aplicações promissoras na indústria alimentícia e na medicina natural. A divulgação desses compostos bioativos encontrados em frutas pouco consumidas, como o cambuci, tem o potencial de influenciar positivamente o interesse pelo seu consumo e ressalta a sua viabilidade para aplicações industriais.