Dados do Trabalho

Título

PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DA CASCA DE BURITI (Mauritia Flexuosa)

Introdução

O buritizeiro, palmeira nativa das veredas do Cerrado, tem fruto (Mauritia flexuosa) reconhecido por sua polpa oleosa rica em ácidos graxos essenciais. Sabe-se que na extração do óleo da polpa de buriti, a casca é descartada. Esse resíduo, de cor marrom-avermelhada, é rico em fibras e antioxidantes e costuma ser destinado à ração animal. Sabendo-se que os ácidos graxos essenciais devem ser provenientes da dieta pois não são sintetizados por mamíferos, é interessante buscar novas fontes desses.

Material e Métodos

Portanto, objetiva-se investigar o perfil de ácidos graxos da casca de buriti, a fim de propor aplicações para este resíduo e poder contribuir para a conservação da espécie. O presente estudo investigou o perfil de ácidos graxos da casca por Cromatografia à Gás acoplada a Espectrometria de Massas (GC-MS), comparando os dados com a biblioteca Nist e Fiehn.

Resultados e Discussão

Os resultados demonstraram que a casca de buriti é rica em ácidos graxos saturados, como ácido pentadecanoico (24,5%). E dentre os ácidos graxos monoinsaturados, destaca-se o ácido oleico como predominante (63,5%). O ácido oleico (Ω-9), também encontrado no azeite de oliva, apresenta diversos efeitos benéficos à saúde, como a síntese hormonal e redução dos níveis de colesterol LDL no sangue.

Conclusão

Tais achados direcionam novas possibilidades para a inserção desse resíduo como ingrediente funcional em diversas matrizes alimentares.