Dados do Trabalho

Título

PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS NA CASCA DA AMÊNDOA DO CACAU DO BIOMA AMAZÔNICO E ATLÂNTICO

Introdução

A Casca da Amêndoa de Cacau (CAC) é um resíduo agroindustrial oriundo da fermentação e torra do cacau, cultivado em regiões de bioma Amazônico e Atlântico no Brasil. Apresenta relevância devido às regiões produtoras e ao conteúdo de lipídios, influenciados por características como variedade, cultivo e processamento. Com isso, o objetivo do trabalho foi analisar o perfil lipídico de 11 CACs coletadas e observar a influência do bioma através da Análise dos Componentes Principais.

Material e Métodos

O teor de lipídios das amostras foi quantificado pelo método de Bligh-Dyer e o perfil de ácidos graxos foi quantificado por GC-FID (GC-Shimadzu-2010 Plus, Japão).

Resultados e Discussão

As amostras apresentaram um teor de lipídeos de 1,49 a 19,65 g 100 g-1 sendo que, nesta fração de matéria graxa foram predominantes os ácidos graxos óleico (18:1), esteárico (18:0) e palmítico (16:0). Nas amostras Amazônicas houve predominância dos ácidos graxos oleico (18:1), linoleico (18:2), araquidônico (20:4) e gadoléico (20:1); enquanto as Atlânticas de ácido palmitoleico (16:1). Os resultados obtidos foram submetidos a Análise dos Componentes Principais (ACP), cujos componentes 1 e 2 correspondem a 60,08 % de explicação com a formação de 3 grupos distintos de amostras (grupo 1: AM3; grupo 2: AL4, AM5, AL3, AL1, AL5, AM6, AM2, AM1, AL2; grupo 3: AM4).

Conclusão

A formação de grupos distintos na ACP indica pouca influência do bioma nas respostas de ácidos graxos, já que os grupos 1 e 3 contiveram somente amostras Amazônicas com os maiores resultados em ácidos óleico (18:1) e gadoléico (20:1) e o grupo 2, teve-se amostras de múltiplos biomas. Os perfis de lipídeos das amostras indicam um potencial uso para a CAC, possibilitando o enriquecimento de ácidos graxos mono e poli-insaturados em alimentos e cométicos.