Dados do Trabalho


Título

CONCENTRADO PROTEICO DE FEIJÃO BRANCO (Phaseolus vulgaris L.): UMA ALTERNATIVA DE INGREDIENTES PARA PRODUTOS PLANT-BASED

Introdução

A exploração de estudos com base em novas proteínas plant-based nos permite entender sua estrutura, funcionalidades e como elas podem contribuir para o melhoramento das propriedades dos alimentos na indústria alimentícia. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o concentrado proteico do feijão branco (CPFB-75%) quanto à sua estrutura secundária e suas propriedades funcionais e químicas.

Material e Métodos

Foram realizadas análises de FTIR, hidrofobicidade (H0), potencial Zeta, cor, capacidade de formação de espuma (CFE) e estabilidade da espuma (EE) em diferentes condições de pH.

Resultados e Discussão

Os resultados indicaram que a β-folha (56,13 ± 1,5) é o componente predominante da estrutura secundária, estando associado à exposição de regiões hidrofóbicas da proteína, o que pode influenciar na capacidade de retenção de óleo e na formação e estabilidade de emulsões óleo-água. A alta hidrofobicidade observada sugere um maior grau de desnaturação e exposição de sítios hidrofóbicos na proteína. Observou-se que as melhores CFE foram em meio alcalino e neutro, sendo mais estável em pH7. A melhor CFE nesses meios pode estar relacionada ao aumento de cargas líquidas na proteína, enfraquecendo as interações hidrofóbicas e aumentando sua flexibilidade, permitindo uma difusão mais rápida para a interface ar-água e, assim, encapsulando as partículas de ar e aumentando a formação de espuma. Em relação à cor, o valor de luminosidade (L*) (74,83 ± 0,01) indicou uma tonalidade relativamente clara do CPFB, com tons de vermelho (+a*) (4,37 ± 0,025) e amarelo (+b*) (28,01 ± 0,02) presentes. Em alimentos, a cor pode estar relacionada a compostos do CPFB, a estabilidade do produto e padrões de referência, sendo um dos atributos mais influentes para o consumidor. Os resultados do potencial Zeta foram negativos, indicando a presença de aminoácidos com maior quantidade de carga negativa na superfície da proteína. Potencial Zeta negativo pode afetar na capacidade de dispersão, solubilidade, estabilidade e na capacidade de formação de gel da proteína. Portanto, estudar o CPFB nos permitem entender sua estrutura e potenciais funcionalidades a serem aplicadas na indústria de alimentos, podendo ser uma fonte alternativa de ingrediente para o mercado de alimentos de base vegetal.

Conclusão

Portanto, estudar o CPFB nos permitem entender sua estrutura e potenciais funcionalidades a serem aplicadas na indústria de alimentos, podendo ser uma fonte alternativa de ingrediente para o mercado de alimentos de base vegetal.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

Universidade Federal de Viçosa - Minas Gerais - Brasil, Universidade Federal do Ceará - Ceará - Brasil

Autores

PAULA ZAMBE AZEVEDO, JULIANA ELOY GRANATO COSTA, JÉSSICA DA SILVA MATOS, JANAINA GONÇALVES FERNANDES, BRENO RODRIGUES DE SOUZA, LAURA PEREIRA, GABRIEL OLIVEIRA HORTA, LIZETH MERCEDES GARCIA JAIMES, FABIANO ANDRÉ NARCISO FERNANDES, SUELI RODRIGUES, PAULO CÉSAR STRINGHETA, EVANDRO MARTINS, PEDRO HENRIQUE CAMPELO