Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DE TRATAMENTOS TÉRMICOS NA INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA DA CASCA DO MANGOSTÃO (Garcinia mangostana Linn)

Introdução

O Mangostão (Garcinia mangostana) é uma fruta de origem asiática que encontrou adaptação na Amazônia, onde apenas a polpa é utilizada, restando as cascas e as sementes como resíduos. A presença de antocianinas e compostos bioativos nas cascas já é relatada na literatura, assim como seu uso com fins medicinais em países como a China, Índia e Tailândia. O objetivo deste trabalho foi utilizar diferentes tratamentos térmicos para inativação enzimática da casca do mangostão para sua utilização na produção de pigmentos.

Material e Métodos

Foram estudados quatro tratamentos: água (A), ácido cítrico (AC), sulfato ferroso heptahidratado (SF) e sulfato ferroso heptahidratado + ácido cítrico (SFAC), e tempos de 5,15 e 30 minutos. As enzimas analisadas para avaliadas o efeito do tratamento de inativação foram a polifenoloxidase (PFO) e peroxidase (POD).

Resultados e Discussão

Os tratamentos com |A e SF nos tempos de 15 e 30 minutos foram os que apresentaram as maiores reduções na atividade enzimática de PFO, variando de 64,13% a 69,76% em relação a atividade inicial da enzima de 0,774 U/mL. Para a enzima POD, todos os tratamentos e tempos aplicados resultaram em uma atividade enzimática nula, indicando inativação completa da enzima, que apresentou atividade enzimática inicial de 0,054 U/mL. Os processos aplicados permitiram a inativação enzimática das cascas em níveis aceitáveis que viabilizam seu uso para a produção de pigmentos para a indústria.

Conclusão

Os tratamentos térmicos demonstraram eficiência na prevenção do escurecimento enzimático da casca do mangostão, assim como identificar a enzima responsável por este processo. Esses resultados sugerem a possibilidade de explorar mais efetivamente essa matéria-prima na extração de pigmentos e compostos, abrindo caminho para potenciais aplicações na indústria alimentícia e farmacêutica.