Dados do Trabalho
Título
COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE RUMEX ACETOSA L. (AZEDINHA), TROPAEOLUM MAJUS L. (CAPUCHINHA) E STHACHYS BYZANTINA K. KOCH (PEIXINHO)
Introdução
As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) têm recebido considerável atenção nos últimos anos, despertando interesse crescente da população e principalmente da comunidade científica, visto que seu consumo contribui significativamente para a nutrição humana, pois podem servir como fonte suplementar de macro e micronutrientes, além de compostos bioativos. Neste contexto, as espécies Rumex acetosa L., Tropaeolum majus L. e Sthachys byzantina K. Koch, conhecidas popularmente por azedinha, capuchinha e peixinho, respectivamente, reúnem características nutricionais superiores à maioria das hortaliças convencionais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi determinar por métodos espectrofotométricos o conteúdo de compostos fenólicos totais (CFT), bem como atividade antioxidante pelos métodos DPPH, ABTS e FRAP das espécies supracitadas.
Material e Métodos
Para obtenção dos extratos, as amostras foram extraídas duas vezes, sucessivamente, empregando-se solução de methanol a 50% e solução de acetona a 70% com intervalo de 1 hora de repouso em temperatura ambiente, entre os solventes. Após cada período de repouso, as amostras foram centrifugadas e o sobrenadante recuperado e o volume final ajustado.
Resultados e Discussão
Das espécies estudadas, a Capuchinha apresentou maior teor de CFT de 4120,33 mgGAE/100g, bem como maior capacidade antioxidante pelo método FRAP, com 393,94 µM de Sulfato ferroso/g e 308,55 µM de trolox/g para análise de ABTS. Já a atividade antioxidante pelo método de DPPH foi maior para a azedinha, com 341,77 EC50 expresso em g de amostra/g de DPPH. Os teores de CFT apresentados pelas PANC supracitadas foram superiores aos apresentados por brócolis (160 mg GAE/100g), couve (230,20 mg GAE/100g) e alface (1.690 mg GAE/100 g).
Conclusão
Em tese, a capacidade antioxidante das PANC estudadas variou conforme espécie e métodos, apresentando valores superiores à alguns vegetais convencionais como agrião (97,10 μM de Trolox/g) e alface (85,80 μM de Trolox/g) pelo método ABTS, rúcula (113,80 μM de sulfato ferroso/g), e acelga (50,50 μM de sulfato ferroso/g) pelo método FRAP. Diante do exposto, é possivel inferir que as PANC são uma boa alternativa para alimentação, uma vez que apresentam teores de compostos fenólicos totais e capacidade antioxidante relevantes, quando comparadas com alguns vegetais convencionais.
Área
Química, bioquímica e físico-química de alimentos
Autores
Marinez Marçal Martins, Leonardo Assis Campos Jaymes, Vinicius Oliveira Faria, Otavio Augusto Maximiano Duarte, Marinalva Woods Pedrosa, Renata Adriana Labanca, Raquel Linhares Bello Araujo