Dados do Trabalho


Título

ESTUDO TERMOGRAVIMÉTRICO DA GORDURA DA POLPA E ÓLEO DA AMÊNDOA DO FRUTO DE INAJÁ (Maximiliana maripa) DA AMAZÔNIA

Introdução

A Amazônia abriga uma grande variedade de frutos ricos em lipídios, a exemplo do inajá, uma nova fonte lipídica com grande potencial tecnológico. A termogravimetria é um dos principais ensaios térmicos utilizados na caracterização de amostras lipídicas. Esse ensaio mede a variação de massa da amostra (perda/ganho) em função da variação de temperatura imposta ao material analisado. Dessa maneira, o objetivo deste estudo foi analisar o comportamento térmico através da análise termogravimétrica das frações lipídicas extraídas da polpa e amêndoa do fruto de inajá para potencial uso alimentício.

Material e Métodos

Os frutos maduros de inajá foram coletados em Manaus - AM, higienizados, despolpados e separação da amêndoa. A polpa e amêndoa foram secadas em estufa de circulação de ar a 30 °C por 24 h. As frações lipídicas foram extraídas por prensagem mecânica contínua (marca Zerodis, 750 watts) com parafuso cilíndrico de aço inox aquecido a 130 °C. A análise termogravimétrica foi avaliada utilizando o Analisador Térmico STA PT-1000 (Linseis, Alemanha) auxiliado pelo software STA Measurement. Foram utilizados aproximadamente 15 mg de cada amostra em cadinho de cerâmica aberto. O termograma foi obtido na faixa de temperatura de 25 a 900 °C, com taxa de aquecimento de 5, 10, 20 e 30 °C /min em ar atmosférico.

Resultados e Discussão

No intervalo menor de taxa de aquecimento ocorre uma perda de massa única com um pico acentuado em aproximadamente 399 ℃ para a gordura da polpa. Com o aumento do intervalo da taxa de aquecimento, surge um evento adicional em aproximadamente 300 ℃, evidenciando a heterogeneidade da composição de ácidos graxos de cadeia curta e longa da amostra, correndo também o deslocamento de pico acentuado para 430 ℃ (30 ℃/min). No óleo da amêndoa, inicialmente na taxa de aquecimento de 5 ℃/min ocorre um evento em aproximadamente 370 ℃ com pico largo, com o aumento da taxa de aquecimento, ocorre um deslocamento desse pico, ficando mais acentuado em 440 ℃ (30 ℃/min).

Conclusão

Através dos dados sobre a faixa de temperatura foi possível observar a degradação que ocasionaria oxidação e perda de massa das amostras das amostras, com possível potencial para aplicação pela indústria de alimentos.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Autores

TANKPINOU RICHARD KETOUNOU, Charline Soares dos Santos ROLIM, Izabella de Carvalho Batista MUNIZ, Ivonea Soares do NASCIEMNTO, Carlos Victor LAMARÃO, Luciana Carolina BAUER, Renata Cristina Ferreira BONOMO