Dados do Trabalho

Título

OCORRÊNCIA DE Escherichia coli O157:H7 NAS ÁGUAS DE POÇOS ARTESIANOS EM CHAPECÓ, SANTA CATARINA

Introdução

A bactéria Escherichia coli O157:H7 pode ser encontrada em água e alimentos contaminados, e causar uma ampla gama de doenças gastrointestinais como uma simples diarreia à casos graves de colite hemorrágica e até a síndrome hemolítica urêmica com falência renal, representando um grande risco à saúde pública. Este estudo teve o objetivo de avaliar a presença deste sorovar de E. coli em águas de poços artesianos no município de Chapecó, Oeste de Santa Catarina.

Material e Métodos

Foram coletadas assepticamente 36 amostras de água de origem subterrânea de poços, diretamente das torneiras conectadas às tubulações de distribuição em residências e estabelecimentos comerciais, na zona urbana e rural do município, durante o período de junho a julho de 2020. As amostras foram transportadas sob refrigeração até o laboratório de Microbiologia de Alimentos e Bebidas do Instituto SENAI de Tecnologia, Chapecó, SC. A detecção de E. coli O157:H7 foi realizada usando a técnica automatizada de presença/ausência VIDAS UP ECPT® (Biomérieux), seguindo protocolos de confirmação com ágar cromogênico ChromID® O157:H7 (Biomérieux).

Resultados e Discussão

Uma amostra proveniente da área rural (2,8%) apresentou resultado positivo para E. coli O157:H7. Esse resultado sugere a contaminação das fontes de água, com risco potencial para a saúde dos consumidores que utilizam água de poços artesianos.

Conclusão

A presença deste patógeno em uma das amostras é motivo de preocupação, pois sugere que o abastecimento de água do município pode estar vulnerável à contaminação. Esse patógeno pode ser introduzido por diversas vias, como proximidade com fossas sépticas, vazamentos na rede de esgoto ou resíduos agropecuários. A contaminação da água pode levar a surtos de doenças de origem hídrica, com graves implicações graves, destacando a necessidade de um rigoroso monitoramento. A conscientização dos moradores sobre práticas seguras de uso da água também é essencial para reduzir riscos à saúde pública. Além disso, recomenda-se a intensificação das inspeções e monitoramento da qualidade microbiológica da água nesta região e a implementação de programas de saneamento para prevenir a contaminação por este patógeno.