Dados do Trabalho


Título

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE FARINHAS DE CASTANHA-DA-AMAZÔNIA PROCESSADAS EM DIFERENTES GRANULOMETRIAS

Introdução

A amêndoa da castanha-da-amazônia é consumida inteira e seu subproduto é a farinha. Neste trabalho, objetivou-se avaliar as características físico-químicas das farinhas de amêndoas de castanha-da-amazônia beneficiadas e moídas em diferentes granulometrias.

Material e Métodos

Foram utilizadas para a amostragem 500g de amêndoas homogeneizadas, quarteadas e reduzidas a 04 vias. Uma das quatro partes (100g) foi utilizada para moagem e, posterior peneiramento, obtendo-se assim três granulometrias diferentes, grossa (< 2 mm), média (2 – 1,7 mm) e fina (< 1,7 mm). Foram realizadas as análises de densidade aparente, umidade, cinzas, proteína, lipídios e carboidrato. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições. Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey (p<0,05) para comparação de médias por meio do software ASSISTAT (versão 7.7 beta).

Resultados e Discussão

Foi possível observar que as farinhas de castanha-da-amazônica com diferentes granulometrias não apresentaram diferença significativa para nenhum dos parâmetros. Em relação à densidade aparente pode-se perceber que a farinha grossa teve um maior valor (0,64±0,09 g.ml-1), seguido da média (0,56±0,04 g.ml-1) e fina (0,53±0,02 g.ml-1). A umidade das farinhas, grossa (1,57±0,27%), média (2,14±0,01%) e fina (1,65± 0,37%), estavam dentro do definido pela legislação, que deve ser menor que 5% para amêndoas beneficiadas. A concentração de cinzas para as três farinhas foi aproximadamente 3%, compatível com outros dados relatados na literatura. O teor de proteínas foi de 11,69±3,07, 14,94±0,42 e 13,01±1,23%, respectivamente para grossa, média e fina. O conteúdo de lipídios foi de 54,65±14,74% para a farinha grossa, 69,81±0,43% para a média e 70,99±0,34% para a fina. Por apresentar a menor concentração de lipídios, consequentemente a farinha grossa, apresentou a maior concentração de carboidrato (28,56%), enquanto a média e fina, apresentaram 9,97 e 10,76%, respectivamente.

Conclusão

Ao final observou-se que, apesar de não constatar diferença significativa entre as farinhas, foi possível aferir que quanto menor o diâmetro das partículas, maior foi o volume ocupado por elas e consequentemente, menor foi a densidade. Em relação a composição química, os valores encontrados para proteínas e lipídios foram maiores para as farinhas de granulometrias média e fina, demonstrando que a moagem pode auxiliar na extração destes componentes.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Autores

MAXWELEN SARUDAKIS SILVA, Adriana COUTINHO, Thiago Bratilieri SANTOS, GABRIELI OLIVEIRA-FOLADOR