Dados do Trabalho


Título

PRODUÇÃO DE NANOCÁPSULAS DE POLICAPROLACTONA CONTENDO CATEQUINA VISANDO A APLICAÇÃO EM EMBALAGENS ATIVAS DE ALIMENTOS

Introdução

Nos últimos anos, a nanotecnologia tem ganhado destaque no ramo de pesquisas científicas devido às novas propriedades adquiridas pelos materiais em escala nanométrica. O processo de nanoencapsulação consiste na utilização de lipídios, polímeros ou proteínas que englobam bioativos em tamanhos nanométricos. Buscando a potencialização do efeito, estabilidade físico-química e melhor eficiência das propriedades presentes em flavonoides, a nanoencapsulação se mostra como uma estratégia viável, capaz de promover excelentes resultados. Flavonoides nanoencapsulados e incorporados em filmes agregam funcionalidades às embalagens ativas alimentícias, uma vez que, através da sua ação antioxidante, previnem a oxidação lipídica e promovem benefícios não somente ao consumidor final, por garantir melhor qualidade e segurança do alimento, mas, também, à economia, ao aumentar a vida de prateleira do alimento, minimizando as perdas. Este trabalho teve como objetivo produzir nanocápsulas de policaprolactona contendo catequina, visando a incorporação em embalagens ativas.

Material e Métodos

As nanocápsulas foram produzidas utilizando-se o método deposição interfacial do polímero pré-formado, ou nanoprecipitação. A caracterização das nanocápsulas foi feita a partir da análise de tamanho utilizando a técnica de espalhamento dinâmico da luz, Índice de Polidispersão e Potencial Zeta (Nanosizer® ZS equipment – Malvern Instruments, Malvern, UK), e, a eficiência de encapsulação foi calculada de maneira indireta, utilizando-se a técnica de ultrafiltração, onde se quantificou o teor de catequina não encapsulada, a fim de estimar o teor nanoencapsulado.

Resultados e Discussão

As nanocápsulas de policaprolactona contendo catequina apresentaram um tamanho médio de 154,43 ± 3,41 nm, a qual se manteve estável e com tamanho satisfatório. O índice de polidispersividade foi 0,092 ± 0,012 mostrando uma distribuição de tamanho de partículas estreito. O potencial Zeta foi de -31,78 ± 2,38 mV que indica que as partículas estão fortemente carregadas, garantindo maior estabilidade da dispersão coloidal uma vez que previne a agregação devido à força de repulsão. A eficiência de encapsulação foi de 59,62 ± 4,94% sugerindo boa eficiência e revelando que houve sucesso na encapsulação da catequina.

Conclusão

Os resultados do presente estudo revelam que nanoencapsulação de catequina em nanopartículas de policaprolactona foi bem-sucedida apresentando estabilidade e eficiência, podendo ser, posteriormente, incorporada em filmes para a produção de embalagem ativa de alimentos.

Área

Aspectos regulatórios e inovações em embalagens de alimentos

Instituições

Universidade Estadual de Feira de Santana - Bahia - Brasil

Autores

ADRIANE SANTANA BOMFIM, MONIQUE CARNEIRO MACEDO, ÍNGARA SÃO PAULO, RENATO SOUZA CRUZ, GEANY PERUCH CAMILLOTO