Dados do Trabalho


Título

EFEITO DO BRANQUEAMENTO E DO USO DE ANTIOXIDANTES NAS PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DA FARINHA DE INHAME

Introdução

AA farinha de inhame, devido à sua composição e propriedades funcionais de processamento, como a gelatinização, pode ser usada como agente para melhorar ou alterar a textura de alimentos. Entretanto, no processamento do inhame, pode ocorrer escurecimento enzimático, o qual pode ser evitado com o branqueamento e o uso de antioxidantes, resultando em farinhas com propriedades tecnológicas diferentes. O conhecimento dessas características pode ajudar a determinar as diferentes aplicações desta farinha na indústria. O estudo teve como objetivo investigar o efeito do branqueamento e da adição de antioxidantes nas propriedades tecnológicas da farinha de inhame.

Material e Métodos

Os tubérculos foram submetidos a: lavagem, descascamento, ralagem e tratamentos para inibir o escurecimento enzimático. Estes tratamentos consistiram em: imersão em solução contendo ácido cítrico a 0,1 g/100ml por 5 minutos (Tratamento 1), em ácido ascórbico a 0,1 g/100ml por 5 minutos (Tratamento 2) e branqueamento em água a 100 °C por 30 minutos (Tratamento 3). Posteriormente, foram secos em estufa a 55 °C por 24 horas, triturados e armazenados. Foram realizadas análises de rendimento, solubilidade, gelatinização, umidade e cor. As médias das três repetições foram analisadas por meio de Anova e teste de Skott-Knott a 5% de significância.

Resultados e Discussão

O rendimento dos Tratamentos 1, 2 e 3 foram de 9,48%, 9,65% e 7,2%, respectivamente, e não diferiram estatisticamente. O Tratamento 1 apresentou maior solubilidade (8,95%) e menor tempo de gelatinização a 89 °C (início: 5,3 minutos, final: 9,66 minutos) em relação aos outros tratamentos. A umidade do Tratamento 1 (5,52%) e Tratamento 3 (5,92%) foi menor que do Tratamento 2 (7,05%), e todas adequadas para conservação do produto. Não houve diferença significativa para os parâmetros de cor analisados. Os valores médios de L para os Tratamentos 1, 2 e 3 foram 86,39, 86,39 e 84,18, respectivamente, indicando luminosidade positiva e que o branqueamento, ácido cítrico e ácido ascórbico foram eficazes para inibir o escurecimento enzimático.

Conclusão

Pode-se concluir que os três tratamentos inibiram o escurecimento da farinha e influenciaram na umidade, solubilidade e tempo de gelatinização; e que cada tratamento pode ser escolhido dependendo do alimento que será adicionado e do processamento do mesmo.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil

Autores

Isabel Barbosa, Joyce Eliza Turqute Santos, Débora Cristina Mello Augusto, Letícia Karine Ferreira Araújo, Romilda Aparecida Bastos Monteiro Araújo, Gaby Patrícia Terán Ortiz, Gérson de Freitas Silva Valente, Rejiane Avelar Bastos