Dados do Trabalho


Título

Obtenção de extrato de proteico da amêndoa de pequi (Caryocar brasiliense)

Introdução

A obtenção de novas fontes de alimentos nutritivos, de forma sustentável e que sejam
ambientalmente viáveis é um desafio enfrentado pela sociedade em nível mundial.
Dentre as diferentes matrizes biológicas, diversos tipos de plantas se destacam como
fontes proteicas alternativas às proteínas de origem animal. Muitas proteínas vegetais
apresentam qualidade nutricional elevada, baixa alergenicidade e custos de produção
moderados, o que aumenta a sua atratividade. Uma destas plantas é o pequizeiro, cujas
proteínas do seu fruto, podem apresentar funcionalidade tecnológica para aplicações
alimentícias. Assim, o presente estudo objetivou a obtenção de extratos proteicos da amêndoa de pequi por precipitação isoelétrica.

Material e Métodos

As amêndoas do pequi, adquiridas em mercado local, foram trituradas e peneiradas
obtendo-se a farinha integral base (FIB). Na sequência, utilizou-se uma prensa
hidráulica para extração primária de lipídios da FIB. O óleo residual remanescente na
torta foi extraído em aparelho Soxhlet utilizando-se hexano como solvente. Para
obtenção do extrato proteico: (1) preparou-se uma dispersão aquosa de farinha
desengordurada (FD) em água na proporção de 1:15 (FD:água) mantida sob agitação
magnética por 2 h; (2) o valor do pH da dispersão foi ajustado para 9.0 (utilizando-se
NaOH) sendo mantida a agitação por 12 h na primeira extração e 2 h na segunda e
terceira extrações; (3) a dispersão foi centrifugada a 5.000g por 15 min (condição
CENT1); (4) o sobrenadante foi coletado, o pH foi ajustado para 4.5 (utilizando-se HCl)
e as proteínas foram separadas por centrifugação (CENT1). As etapas (2, 3 e 4) foram
repetidas por três vezes. O precipitado obtido foi recolhido e lavado três vezes com água
Milli-Q para remoção de resíduos de NaOH. O extrato foi congelado (- 40 °C) e,
posteriormente liofilizado.

Resultados e Discussão

O conteúdo proteico na FIB foi de cerca de 27 % (m/m) e na FD o teor foi de cerca de
48 % (m/m). Após a precipitação isoelétrica foi obtido um concentrado proteico com
cerca de 77 % (m/m).

Conclusão

O pequi mostrou-se uma fonte viável para obtenção de proteínas e o teor extraído pode
ser aumentado por meio da redução e/ou retirada de outros compostos como lipídios e
carboidratos da farinha antes da precipitação.

Área

Alimentos funcionais e nutrição

Autores

GABRIELLA VIDIGAL BARBOSA SIQUEIRA, JOSÉ ROBERTO MIRANDA JUNIOR, JHONATAN FARIA DA COSTA, LAURA GOMIDE DE FREITAS, CÉSAR AUGUSTO SODRÉ DA SILVA, EDUARDO BASÍLIO DE OLIVEIRA, JANE SÉLIA DOS REIS COIMBRA