Dados do Trabalho

Título

CAFEÍNA COMO INIBIDOR DE PATÓGENOS ALIMENTARES

Introdução

O uso de extratos naturais é uma tendência no controle de patógenos alimentares. A cafeína é uma substância presente no café e em outras plantas e possui diversas atividades, incluindo atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-negativas e Gram-positivas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a ação antimicrobiana do composto fitoquímico cafeína.

Material e Métodos

A solução de cafeína foi adquirida da Sigma-Aldrich (C0750, Saint Louis, MO, Estados Unidos), preparada na concentração de 75mM/mL e filtrada em membrana de polipropileno de 0,22 μm. As bactérias teste foram Salmonella enteritides, Salmonella typhimurium, Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Staphylococcus aureus, sendo todas pertencentes à American Type Culture Collection (ATCC). As células bacterianas foram padronizadas na concentração de 1,5x10⁶ UFC/mL (Escala de McFarland). Para avaliar a ação dos antimicrobianos naturais, foi utilizado o método de Concentração Inibitória Mínina (CIM) por meio da técnica de diluição seriada em placa de microtitulação. O teste foi realizado em triplicata e teve início com a adição de 100μLde caldo BHI (Brain Heart Infusion Broth) em todos os poços das linhas de uma microplaca de titulação. Posteriormente, 100μL da solução de cafeína foi adicionada no 1° poço de cada linha, seguido por diluições de 1:1 até o 12° poço da placa. Foram adicionados 30μL do inóculo bacteriano em todos os poços das linhas. O controle consistiu em BHI+Cafeína-Bactéria e BHI+Bactéria Cafeina. As placas foram incubadas a 37°C por 24 horas. Transcorrido esse período, 30μL de resazurina 0,01% foi adicionada em cada poço. As placas foram incubadas a 37°C por 30 min. A alteração da coloração
azul para rosa foi considerada crescimento bacteriano.

Resultados e Discussão

Como resultado, obtivemos que E. coli e S. typhimurium apresentaram maior sensibilidade a cafeína, sendo inibidas na
concentração de 9,37mM; seguidos por S. enteridites e S. aureus, com inibição em 18,75 mM; já a L. monocytogenes foi inibida na concentração de 37,5mM. Essas concentrações se mostraram baixas e com potencial atividade antimicrobiana. Portanto, a cafeína foi considerada eficaz na inibição do crescimento de bactérias potencialmente patogênicas e pode ser uma opção natural para o controle desses patógenos.

Conclusão

Essas concentrações se mostraram baixas e com potencial atividade antimicrobiana. Portanto, a cafeína foi considerada eficaz na inibição do crescimento de bactérias potencialmente patogênicas e pode ser uma opção natural para o controle desses patógenos.