Dados do Trabalho
Título
PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DA FARINHA DA CASCA DE MARACUJÁ DO MATO
Introdução
O maracujá do mato é uma fruta originária da região do Cerrado, e conhecida regionalmente pelos diversos benefícios nutricionais. A comercialização de sua polpa possui grande procura, porém, a sua casca mesmo contendo um alto índice de fibras não tem uma destinação sustentável. Portanto, objetivou-se desenvolver uma farinha com a casca do maracujá do mato (FCM) no intuito de valorizar seus benefícios tecnológicos em produtos alimentícios de maneira sustentável.
Material e Métodos
Após recebimento e higienização, as casas foram submetidas ao processo de desidratação em estufa por 24 horas a uma temperatura constante de 55 °C. As cascas desidratadas foram trituradas em processador doméstico até atingirem o tamanho adequado para farinhas, sendo o produto armazenado em geladeira até a realização dos testes. A farinha foi avaliada quanto ao poder de inchamento (PI) e índice de solubilidade (IS), ambos em diferentes faixas de temperaturas (30 a 90°C, com intervalo de 10ºC nos ensaios), e a capacidade de retenção de solventes (CRS) em água, solução de carbonato de sódio e ácido láctico. A análise estatística (ANOVA e Tukey à 5% de probabilidade) foi realizada no Software R v. 4.3.3.
Resultados e Discussão
Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as temperaturas de 30°C (12,13%), 40°C (11,58%) e 50°C (12,21%) no PI da FCM. A partir dos 60°C houve interferência no PI, havendo redução no mesmo. Em relação ao IS, foi observado que as maiores solubilidades foram entre as temperaturas de 40°C (31,13%), 50°C (28,10%) e 70°C (28,25%), onde havendo diferença significativa entre elas. Para a CRS constatou-se que a retenção em carbonato de sódio (470,88) foi maior do que em água destilada (431,01) e ácido lático (446,61).
Conclusão
Conclusivamente, observou-se o potencial de utilização da farinha em produtos como biscoitos tipo salgado pelos seus índices satisfatórios do comportamento em diferentes solventes e temperaturas onde o produto tende a reter água e sais, o que permite ser facilmente introduzido em composições para elevar o índice de fibras.
Área
Sustentabilidade na cadeia produtiva de alimentos
Autores
MARCELLA GONÇALVES OLIVEIRA, LÍVIA APARECIDA GOMES SILVA, NICOLY RODRIGUES, MARIA AMANDA CARMO SOUZA, FERNANDA MOTA RODRIGUES, TATIANE PEREIRA SILVA, SHIRLENE GONÇALVES SIQUEIRA, EMILLY SOARES SANTOS, MARIUZE LOYANNY PEREIRA OLIVEIRA, CLAUDIA REGINA VIEIRA