Dados do Trabalho

Título

RELAÇÃO ENTRE GRAU DE MASTITE POR CMT E TENSÃO ELÉTRICA DO LEITE

Introdução

A mastite, inflamação da glândula mamária, é um problema de saúde frequente em bovinos leiteiros, causando perdas significativas na produção de leite e qualidade dos produtos derivados. O diagnóstico precoce e preciso é crucial para o tratamento eficaz e controle da doença. A análise de tensão elétrica do leite se apresenta como uma técnica promissora para a detecção da mastite, oferecendo vantagens como rapidez, simplicidade e baixo custo. Este trabalho investiga o uso da tensão como ferramenta para a análise de mastite.

Material e Métodos

Amostras de leite foram coletadas de 4 vacas sendo cada teto foi analisado individualmente. No total foram avaliadas 14 amostras, sendo 2 descartadas. O grau de mastite foi avaliado utilizando CMT por dois analistas treinados. As amostras foram categorizadas em ordem crescente ao grau de mastite como “-”, “±”, “+”, “++” e “+++”. Em paralelo, a queda de tensão nas amostras de leite foi medida por multímetro com uma fonte de tensão externa de 3,7 V. As diferenças das médias foram avaliadas por ANOVA e a linearidade dos dados foi determinada por regressão linear com codificação ordinal do grau de CMT. O nível de significância foi de 0,05.

Resultados e Discussão

O valor de p da ANOVA de 0,2 indica que a relação entre o grau de mastite e a tensão não é estatisticamente significativa. Para a regressão linear foi encontrado um valor de p de 0,24 e o valor de R2 de 0,41 indica que 41% da variação na tensão é explicada pelo grau de CMT. Pelos resultados de ANOVA, nota-se que para cada nível de mastite, não há evidências suficientes para afirmar que a tensão elétrica do leite seja estatisticamente diferente em relação aos outros níveis. O mesmo ocorre com os resultados de regressão linear, onde não foi notado associação linear entre o grau de mastite e a tensão elétrica. Em ambos os casos, a falta de significância está associada à composição complexa do leite, principalmente a concentração de minerais, principais responsáveis pela condutividade elétrica do leite. Mais estudos com tamanho de amostra maior e considerando outros fatores são necessários para determinar a relação real entre as variáveis.

Conclusão

Pelos resultados de ANOVA, nota-se que para cada nível de mastite não há evidências suficientes para afirmar que a tensão elétrica do leite seja estatisticamente diferente em relação aos outros níveis. O mesmo ocorre com os resultados de regressão linear, onde não foi notado associação linear entre o grau de mastite e a tensão elétrica. Em ambos os casos, a falta de significância pode esta associado à composição complexa do leite, principalmente a concentração de minerais, principal responsáveis pela condutividade elétrica do leite. Mais estudos com tamanho de amostra maior e considerando outros fatores são necessários para determinar a relação real entre as variáveis.