Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO, CAPACIDADE ANTIOXIDANTE E ATIVIDADE ANTITUMORAL DA POLPA DA MANGA (mangifera Indica L) DESIDRATADA EM CÉLULAS DE ADENOCARCINOMA COLORRETAL HUMANO

Introdução

Os compostos bioativos presentes na manga têm sido objeto de estudo devido à sua capacidade antioxidante e anticarcinogênica. O método de secagem por espuma é uma estratégia eficaz não apenas para reduzir a suscetibilidade à deterioração causada por fatores microbiológicos e enzimáticos, mas também para preservar os fitoquímicos dos alimentos. O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum a causar morte no mundo, o qual resulta do acúmulo gradual de alterações genéticas e epigenéticas nas células epiteliais do cólon, culminando no desenvolvimento de adenomas colorretais e adenocarcinomas invasivos, cenário que mostra a necessidade do desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade antioxidante, a composição e ação anticarcinogênica da polpa da manga desidratada (PMD) em linhagem de células humanas de adenocarcinoma colorretal (CACO-2).

Material e Métodos

PMD foi obtida através do método de secagem por espuma com uso dos emulsificantes carboximetilcelulose e lecitina de soja, sendo sua capacidade antioxidante avaliada pelos métodos DPPH, ABTS e FRAP, e fenólicos totais por Folin-Ciocalteu. A quantificação dos compostos fenólicos e carotenoides foi realizada por cromatografia líquida, através de HPLC-DAD. A atividade anticarcinogênica foi avaliada através dos ensaios de citotoxicidade MTT, com 7 concentrações diferentes de PMD, após 48, 72 e 96hrs e por clonogenicidade celular em duas concentrações distintas.

Resultados e Discussão

Foi observado que PMD apresentou satisfatória atividade antioxidante, com ênfase no total de fenólicos totais e % de redução no ensaio DPPH (227,9 ± 9.10 mg GAE/100 g e 258,25 ± 0,5 % redução, respectivamente), além disso foram identificados e quantificados 5 compostos fenólicos e 2 carotenoides. In vitro PMD reduziu significativamente a viabilidade das células especialmente após 48 e 96hrs, nas 6 maiores concentrações avaliadas (p < 0,01 - p < 0.0001). No ensaio clonogênico, PMD reduziu significativamente o número de colônias de células CACO-2 na maior concentração utilizada(5mg/mL), após 14 dias de cultivo (p < 0.05), quando comparado ao controle.

Conclusão

A atividade anticarcinogênica de PMD observada em células de adenocarcinoma colorretal pode ser explicada pelo seu teor de fitoquímicos, evidenciando o potencial da polpa da manga desidratada como fonte de fitoquímicos antioxidantes e agente antitumoral promissor.

Área

Alimentos funcionais e nutrição

Instituições

Universidade Arthur Sá Earp Neto - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

LIA IGEL SODRÉ, Rosana Bizon Vieira Carias, Francine Albernaz Teixeira Fonseca Lobo, Priscila Grion de Miranda Borchio, Jorge da Silva Pinho, Vanessa Naciuk Castelo Branco, Anderson Junger Teodoro