Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E DE ESPECTROSCOPIA DE INFRAVERMELHO DE MÉIS DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA DO RIO GRANDE DO SUL

Introdução

Os méis são compostos por carboidratos, vitaminas, minerais, proteínas e outras substâncias bioativas. Estudos tem destacado a eficiência antioxidante do mel relacionada a sua composição em compostos fenólicos, dessa forma prospecta-se este como um antioxidante natural. As variações na composição química e suas propriedades estão relacionadas a região de produção e ao tipo de abelha. Nesta perspectiva, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antioxidante (AA) de méis dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul (CCS/RS) associada a análise química por Espectroscopia de Infravermelho (IV).

Material e Métodos

A AA de 18 méis foi determinada pela capacidade de sequestro do radical livre 1,1-difenil-2-picrilhidrazil (DPPH), através da reação entre 0,1 g de mel, 2,5 mL de solução metanólica (0,2 mM) de DPPH e 2,5 mL de metanol, em triplicata. As misturas foram homogeneizadas e repousaram em ambiente escuro por 30 minutos. As absorbâncias foram medidas em espectrofotômetro digital Kasuaki em 515 nm. Os valores médios foram submetidos aos cálculos de porcentagem de atividade antioxidante (%AA). Ainda, espectros de infravermelho foram adquiridos com espectrômetro Perkin Elmer-400, no modo absorbância com resolução de 4 cm-1 e 16 scans por amostra.

Resultados e Discussão

Nos CCS/RS o clima é temperado, os méis analisados foram produzidos por abelhas Apis mellifera e a florada é silvestre. A %AA média foi 29,9 ± 5,72, a menor %AA foi 17,3% e a maior 39,2%. Pela mesma metodologia, a literatura aponta %AA média de 29.8%, para méis africanos, não apresentando diferença estatística entre os estudos. Com o IV, foi possível verificar que nas amostras de menor %AA as bandas das ligações entre Csp2 de anéis aromáticos (≈1450 cm-1) foram menos intensas, indicando uma menor proporção de compostos aromáticos nestas, quando comparadas aos méis de maiores %AA. Ainda no IV, foram identificadas bandas que sinalizam a presença de fenóis, compostos carbonílicos (aldeídos e cetonas), carboxílicos e éteres. Dessa forma, os dados obtidos demonstram a potencialidade do mel da região dos CCS/RS como antioxidantes naturais para compor a alimentação humana e ainda podendo ser avaliado como um conservante alternativo nos produtos alimentícios, valorizando o mel na alimentação e indústria de alimentos.

Conclusão

Dessa forma, os dados obtidos demonstram a potencialidade do mel da região dos CCS/RS como antioxidantes naturais para compor a alimentação humana e ainda podendo ser avaliado como um conservante alternativo nos produtos alimentícios, valorizando o mel na alimentação e indústria de alimentos.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Instituições

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

LUANA HOFMAM CAVALHEIRO, JEFFERSON PRIGOLLI, LETIÉRI da ROSA FREITAS, ADILSON BEN da COSTA, BRUNA BENTO DRAWANZ