Dados do Trabalho
Título
EFEITO DA TEMPERATURA DE SECAGEM NO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DA FOLHA DE BAMBU
Introdução
A sustentabilidade do bambu é notável devido à sua versatilidade única, onde cada parte da planta é utilizada em diversas aplicações. As folhas de bambu são especialmente reconhecidas por seus compostos bioativos, dos quais, os compostos fenólicos estão presentes, e conferem potencial efeito antioxidante e benefícios para a saúde humana. Para preservar esses constituintes, a secagem torna-se uma técnica viável. Portanto, este estudo visa investigar se a variação da temperatura de secagem afeta a capacidade antioxidante das folhas de bambu.
Material e Métodos
Amostras da folha de bambu (Deandrocalamus Asper) foram colhidas, e após selecionadas, 25 gramas das folhas
foram colocadas em estufa com circulação de ar, e uma cinética de secagem foi realizada para as temperaturas 30°C, 50°C e 70°C. O processo finalizou quando as amostras apresentaram peso constante, totalizando 11 horas para 30ºC, 5 horas para 50ºC e 3 horas para 70ºC. Em seguida, as folhas secas foram moídas e submetidas ao processo de extração em banho ultrassônico em proporção de 1:25 (m/v) de metanol. O resíduo remanescente foi reextraído mais 3 vezes totalizando 100mL de extrato metanólico e a capacidade antioxidante do extrato obtido foi avaliada pelo método ORAC. As amostras, em quadruplicada, foram analisadas quanto a ANOVA, seguida do teste de Tukey.
Resultados e Discussão
A partir do teste de Tukey, foi possível observar, que não houve diferença estatística com relação a capacidade antioxidante das folhas secas nas diferentes temperaturas (p>0,05) correspondendo: 13,68 ± 0,69, 12,54 ± 1,12, 13,16 ± 0,49 mmol de Trolox/ 100g em folha seca, respectivamente.
Conclusão
Sendo assim, a partir da cinética, a temperatura de 70ºC permitiu uma secagem mais rápida preservando os compostos responsáveis por sua capacidade antioxidante. No entanto, são necessárias investigações adicionais sobre outros fatores, como composição fenólica e volátil, bem como análises de custo, pois o efeito positivo da maior temperatura, não garante sua eficiência aos fatores citados acima.
Área
Química, bioquímica e físico-química de alimentos
Autores
JULIANA ALVES CAMPONOGARA, ANDREARA RODRIGUES DOS REIS, LUCAS Juliana BETTIO, CARLA FARIAS, CRISTIANO AUGUSTO BALLUS, MILENE TEIXEIRA BARCIA