Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DE ROTULAGEM NUTRICIONAL E TEOR DE PROTEÍNA DE BARRAS DE PROTEÍNA

Introdução

O consumo dos suplementos proteicos está em constante crescimento em todo mundo, tanto por atletas de alta performance, praticantes de exercícios físicos em modalidades distintas e também indivíduos com baixa ingestão proteica, que buscam atingir metas nutricionais. Assim, dentre as opções de suplementos disponíveis, estão as barras de proteína, pois são práticas, palatáveis, e duráveis, além de prometerem alta concentração proteica. Estas barras são comercializadas em supermercados, farmácias ou pela internet e apresentam teores variáveis de proteína, fibras alimentares e vitaminas. Nesse contexto, o rótulo dos alimentos desempenha um papel crucial ao fornecer informações precisas sobre a composição do produto ao consumidor. O objetivo deste trabalho foi investigar a rotulagem nutricional e quantificar o teor proteico de sete marcas de barras de proteína adquiridas no supermercado.

Material e Métodos

As amostras foram identificadas de A a G para preservar a identidade de suas marcas e os seus rótulos foram analisados quanto às exigências dos regulamentos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e avaliadas quanto ao teor de proteína de acordo com o método de micro-Kjeldahl.

Resultados e Discussão

Constatou-se que todas as marcas apresentaram pelo menos uma não conformidade perante as legislações de rotulagem vigentes. A marca "F" foi a única que estava de acordo com a nova rotulagem nutricional a RDC nº 429/2020 e IN 75/2020. Dentre as não conformidades observadas, as mais frequentes entre as marcas foram: ausência de quantidade diária recomendada, ausência do nome do produto no painel principal e informações para diabéticos. Além disso, em relação aos teores de proteína declarados no rótulo, verificou-se que três das sete marcas avaliadas estavam não conformes, pois apresentaram variação de -23,7%, -29,7%, -31,4% em relação a declarada no rótulo, variação acima do previsto pela legislação. Conclui-se que, a rotulagem nutricional das barras de proteínas não estão adequadas, podendo induzir os consumidores a erros no momento da compra, demonstrando a necessidade de uma fiscalização mais frequente dos rótulos, além do melhor controle de qualidade das indústrias na comercialização de seus produtos.

Conclusão

Conclui-se que, a rotulagem nutricional das barras de proteínas não estão adequadas induzindo os consumidores a erros no momento da compra, demonstrando a necessidade de uma fiscalização mais frequente e rigorosa dos rótulos, além do melhor controle de qualidade das indústrias na comercialização de seus produtos.