Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE IN VIVO DE KOMBUCHA DE CHÁ VERDE COM CULTURA STARTER PADRONIZADA

Introdução

Kombucha é a bebida obtida pela infusão de Camellia sinensis e açúcares fermentada por cultura simbiótica de bactérias e leveduras microbiologicamente ativas (SCOBY). Apesar do consumo crescente no consumo da kombucha, são escassos estudos que definam quantidade de ingestão segura desta bebida. Com isso, o objetivo desse estudo foi investigar a toxicidade in vivo, em modelo de C. elegans, de kombucha de chá verde padronizada, a fim de prever sua recomendação de consumo seguro.

Material e Métodos

. Inicialmente, foi realizada uma infusão de chá verde (8 g/L) e açúcar demerara (50g/L) em água destilada fervente. Após resfriamento da solução, adicionou-se a cultura starter padronizada, contendo as bactérias K. saccharivorans (107 UFC/ml) e as leveduras B. anomala (105 UFC/ml) e K. marxianus (106 UFC/ml). Após 48h a kombucha fermentada foi aliquotada para as análises posteriores. A toxicidade da kombucha foi medida pela taxa de sobrevivência de 2500 vermes de C. elegans, em estágio larval L1, expostos por 30 minutos a quatro concentrações de kombucha (25, 35, 125 e 250 µL/mL). Ao término da exposição, os vermes foram adicionados a placas de Petri com meio NGM, semeadas com E. coli OP50 e, após 24h, os vermes sobreviventes foram contados com o auxílio de uma lupa.

Resultados e Discussão

Através da contagem dos vermes vivos após exposição à kombucha, pudemos verificar que não houve diferença significativa na sobrevivência dos vermes do grupo controle (solução tampão) em comparação aos grupos expostos a bebida (p>0,05).

Conclusão

Os volumes utilizados correspondem a volumes de kombucha 120 a 1.200 mL consumidos por dia por um adulto de 70 Kg. O nematoide C. elegans tem sido amplamente utilizado como modelo alternativo in vivo a fim de substituir o uso de animais de experimentação. O nematoide possui homologia de genes de 60-80% com os seres humanos e pode ser utilizado para predizer toxicidade de compostos. Os resultados obtidos nos permitem concluir que a kombucha padronizada por nosso grupo de pesquisa não é toxica para o nematoide C. elegans em nenhum dos volumes avaliados. Desta maneira, estudos de avaliação de efeitos benéficos do produto devem ser conduzidos em um futuro próximo.

Área

Alimentos funcionais e nutrição

Autores

PAULA ROSSINI AUGUSTI, Bruna Krieger Vargas, Luana Schmidt, Laís Dias, Audrey Luz, Laura Garbin, Mariana FENSTERSEIFER, Marco Antônio Zachia Ayub