Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E FENÓLICOS TOTAIS EM FARINHA DE MILHO ROXO (Zea mays L.) E FARINHA DE MILHO PRETO (Zea mays L.)

Introdução

O milho é um dos principais cereais cultivados no Brasil e no mundo. É amplamente utilizado no setor alimentício, têxtil e para a produção de biocombustíveis. Possui uma ampla variabilidade genética, resultando em diferentes cultivares com propriedades bioativas diferenciadas. O objetivo do estudo foi pesquisar o teor de fenólicos totais e atividade antioxidante de farinha de milho roxo (FMR) e farinha de milho preto (FMP).

Material e Métodos

As farinhas foram fornecidas pela EMBRAPA para posterior preparo de extratos aquosos (FMRa e FMPa) e etanólicos 70% (FMRe e FMPe) nas porporções de 1:10 (FMR) e 1:20 (FMP), que foram utilizados para quantificação do teor de fenólicos totais (Folin-Ciocalteu) e atividade antioxidante (FRAP, ORAC, DPPH e ABTS+).

Resultados e Discussão

Em relação aos fenólicos totais, FMRe (52,5±1,41 mcg AGE/g) e FMRa (50,02±0,44 mcg AGE/g) não diferiram estatisticamente entre si (p<0,0001), assim como FMPe (119,07±2,1 mcg AGE/g) e FMPa (120,63±9,74mcg AGE/g). No entanto, houve diferença estatisticamente significativa entre os cultivares, independentemente do solvente. Em relação às analises antioxidantes, as farinhas apresentaram os seguintes resultados: FMRe (ORAC: 1,87±0,14 µM TE/g; FRAP: 0,431±0,014 µM Fe2SO4/g; ABTS: 3,39±0,06 µM Trolox/g e DPPH: 2,92±0,05 µM Trolox/g); FMRa (ORAC: 0,23±0,06 µM TE/g; FRAP: 0,451±0,049 µM Fe2SO4/g; ABTS: 1,61±0,06 µM Trolox/g e DPPH: 2,84±0,05 µM Trolox/g); FMPe (ORAC: 4,36±0,4 µM TE/g; FRAP: 1,05±0,01 µM Fe2SO4/g; ABTS: 4,81±0,49 µM Trolox/g e DPPH: 19,51±0,4 µM Trolox/g) e FMPa (ORAC: 2,42±0,16 µM TE/g; FRAP: 1,16±0,01 µM Fe2SO4/g; ABTS: 7,43±0,76 µM Trolox/g e DPPH: 33,51±0,93 µM Trolox/g).

Conclusão

Assim sendo, a FMP apresentou teor significativamente maior de compostos fenólicos (p<0,0001) e atividade antioxidante (p<0,0001) em comparação com a FMR, independentemente do solvente e ensaios realizados. Tal comportamento pode estar relacionado ao cultivo, como: a qualidade do solo, pH, temperatura e exposição à luz solar, o que pode alterar a produção de metabólitos secundários dos cultivares. Logo, os dados denotam alto poder antioxidante da FMP, podendo ser uma alternativa alimentícia ao uso do milho amarelo mais convencional.

Área

Alimentos funcionais e nutrição

Instituições

Universidade Federal Fluminense - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

ISABELA DA MOTA LEAL LEMOS, THAIZA RODRIGUES DE SOUSA, ANDERSON JUNGER TEODORO