Dados do Trabalho

Título

FONTE INOVADORA DE PROTEÍNA: ESTUDO DA CINÉTICA DE SECAGEM DE INSETOS

Introdução

A produção de Gryllus assimilis no Brasil é recente, com insetos criados em cativeiro e que são destinados à alimentação animal. Assim, o potencial uso de insetos necessita de contribuições científicas para fornecer conhecimentos biológicos, químicos e tecnológicos relativos à produção e ao uso de insetos como alimento humano e ração animal. A criação de insetos como fonte de proteína alternativa promove benefícios significativos para o setor agroindustrial, oferecendo oportunidades para a produção de alimentos e a implementação da economia circular. O objetivo deste trabalho foi avaliar as cinéticas de secagem de grilos criados em laboratório próprio na instituição.

Material e Métodos

Os grilos provenientes da criação permanente da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Laranjeiras do Sul, PR, foram abatidos por meio de congelamento (-18°C) e as secagens foram realizadas em estufa com circulação e renovação forçada de ar em temperaturas de 55°C até 85°C. O teor de umidade foi determinado durante a cinética de secagem. Diferentes modelos matemáticos foram utilizados para descrever a taxa de secagem.

Resultados e Discussão

Os insetos apresentaram umidades iniciais variando de 69 até 72% e 2,20 até 2,60 g de água/g de massa seca. Os tempos para estabilização da umidade em base seca foram cerca de 200 min (amostras desidratadas em 75°C e 85°C) e acima de 400 min (amostras desidratadas em 55°C e 65°C), evidenciando a importância da temperatura na secagem. As cinéticas de secagem apresentaram melhor ajuste para modelo matemático exponencial com R2 > 0,94. A taxa de secagem foi determinada a partir da sua derivada de primeira ordem, evidenciando que o maior período de secagem dos grilos ocorreu em regime transiente.

Conclusão

Os coeficientes de transferência de massa das amostras apontam comportamento caraterístico de difusividade em sólidos. Os grilos desidratados possuem características técnicas favoráveis para a sua transformação em farinha para elaboração de produtos alimentícios.