Dados do Trabalho

Título

AÇÃO ANTIFÚNGICA DO EXTRATO AQUOSO DE CRAVO-DA-ÍNDIA SOBRE FUNGO FILAMENTOSO (Rhizopus sp.) ISOLADO DE MORANGO (Fragaria x ananassa Duch)

Introdução

A crescente busca por uma consciência ecológica bem como pela preservação do meio ambiente tem gerado a necessidade de desenvolver e testar produtos naturais, visando um controle alternativo de diversos fitopatógenos em frutas, incluindo o morango que possui curta vida de prateleira sendo uma fruta altamente suscetível a ataques por fungos. Desta forma, objetivou-se avaliar a atividade antifúngica in vitro dos extratos aquosos de cravo-da-índia sobre fungo filamentoso Rhizopus sp isolado de morango.

Material e Métodos

Foram conduzidos três ensaios experimentais em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos para o fungo. Os tratamentos constaram dos extratos aquosos de cravo-da-índia nas concentrações de 10%, 15% e 20%, mais a testemunha (somente BDA). O primeiro extrato foi obtido através da trituração do cravo-da-índia, com posterior infusão a 70ºC por cinco minutos e filtrados em papel Wathman nº1, conduzido a pasteurização (65ºC), durante 30 minutos, incorporados em meio BDA e vertido em placas de Petri. Já o segundo extrato passou pelo mesmo processo de trituração e infusão a 70ºC por cinco minutos, porém foi submetido a esterilização em autoclave a (121ºC) por 15 minutos logo após a filtração, e vertido em ágar BDA. Para inoculação, foram transferidos discos de micélio do patógeno com aproximadamente (0,3 cm). Em seguida, durante cinco dias de incubação analisou-se a cada 24 horas o crescimento micelial das colônias e porcentagem de inibição (PIC).

Resultados e Discussão

A partir dos experimentos realizados com o Rhizopus sp. frente ao extrato aquoso pasteurizado obteve-se um percentual de inibição de 100% em todos os dias de experimento nas concentrações de 15% e 20% respectivamente. Quando utilizado o extrato aquoso autoclavado para o Rhizopus sp nas mesmas concentrações, o percentual de inibição na concentração de 15% foi diminuído, inibindo 100% apenas até o segundo dia de experimento, e na concentração de 20% manteve o seu poder inibitório de 100% durante os cinco dias

Conclusão

A partir dos dados observados, conclui-se que a efetividade da ação antifúngica do cravo-da-índia sobre o desenvolvimento do fungo Rhizopus sp in vitro, evidenciou que os compostos presentes no vegetal, na forma de extrato aquoso, apresentam-se como um potencial no controle alternativo do fungo fitopatogênico.