Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DO SISTEMA DE EMBALAGEM ATIVA E INTELIGENTE ELABORADA A PARTIR DE RESÍDUOS DE UVA E TILÁPIA

Introdução

Visando diminuir os impactos causados pelas embalagens sintéticas, o mercado está investido em tecnologias para a elaboração de embalagens não poluentes, utilizando polímeros biodegradáveis, como por exemplo, a gelatina extraída da pele da tilápia. Além disso, está em alta o desenvolvimento de embalagens tecnológicas, como as ativas e inteligentes. O presente objetivou determinar o potencial toxicológico das embalagens ativas e inteligentes elaboradas com gelatina da pele de tilápia e extrato bagaço de uva, por meio do bioensaio da Artemia salina

Material e Métodos

Para isso, a solução filmogênica foi preparada utilizando gelatina extraída da pele da tilápia, mistura de glicerina/pectina e extrato do bagaço de uva em diferentes concentrações, sendo as formulações, respectivamente: E1 (2,87; 1,86 e 25%), E2 (4,43; 3,40e 0%) e E3 (4,43; 3,40 e 31,36%). As amostras foram testadas quanto a sua toxicidade frente a Artemia salina, sendo utilizadas cerca de dez larvas do microcrustáceo em cada tubo contendo solução salina, água destilada e diferentes concentrações das amostras. Após 24h, foi realizada a contagem dos animais vivos e mortos em cada tubo de ensaio, para o cálculo da Dose Letal Média (DL50) de cada concentração, estimada a partir da construção de gráficos através do software Excel

Resultados e Discussão

A DL50 obtida para a amostra E2 (77.870 ppm) foi inferior aos valores de E1(106.127 ppm) e E3 (119.861 ppm), sendo essa variação explicada em decorrência da presença e/ou não do extrato do bagaço de uva, substância rica em compostos bioativos, como as antocianinas, que são pigmentos atóxicos em decorrência da presença de componentes antioxidantes. Dessa forma, o maior valor de DL50 está evidenciado na formulação E3, a qual apresenta a maior quantidade de extrato em sua formulação; enquanto o menor valor foi obtido na amostra que não possui o extrato de antocianinas (E2). Para ser considerada tóxica, a mostra precisava apresentar DL50 < 1000 ppm, logo pode-se concluir que todas as embalagens analisadas foram átoxicas

Conclusão

Assim, as embalagens ativas e inteligentes produzidas a partir da pele de tilápia e extrato do bagaço de uva podem ser usadas para proteger/conservar os alimentos.

Área

Toxicologia e microbiologia de alimentos

Instituições

UFCG - Paraíba - Brasil

Autores

DEYZI SANTOS GOUVEIA, Sinthya Kelly Queiroz Morais, Kassandra Hiandra Felipe, ANA PAULA TRINDADE ROCHA, MERCIA MELO DE ALMEIDA MOTA, José Nathanael Ferreira de ANDRADE, ELIZABETH ALVES DE OLIVEIRA, NEWTON CARLOS SANTOS, JOSÉ LAZARO DA SILVA FERNANDES, PATRICIA PINHEIRO FERNANDES VIEIRA