Dados do Trabalho


Título

EFEITO DE DIFERENTES EXTRATOS VEGETAIS SOBRE O MOFO CINZENTO (BOTRYTIS CINÉREA)

Introdução

O fungo Botrytis cinerea, comumente referido como mofo cinzento, é o patógeno mais amplamente reconhecido na cultura de morangos. Ele danifica o fruto deixando-o marrom e ocasiona perda de massa, forma-se no fruto uma espessa camada de mofo cinza na superfície e o mesmo apodrece. A aplicação de fungicidas sintéticos é considerado o método mais eficaz para controlar doenças fúngicas de culturas, mas o uso contínuo pode desencadear alguns problemas relacionados à segurança Ambiental. Consequentemente, há uma necessidade de se pesquisar novos agentes antifúngicos seguros e eficazes. Diversos extratos vegetais são conhecidos pelo seu alto poder antifúngico e antioxidante, tendo potencial para substituir os conservantes sintéticos para uso em alimentos. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes extratos antioxidantes na inibição do fungo do mofo cinzento.

Material e Métodos

Foram utilizados quatro extratos diferentes: extrato da flor do jambo (Syzygium malaccense L.), extrato da flor de Clitória ternatea, extrato do cará roxo (Dioscorea trifida) e extrato de erva-mate (Ilex paraguariensis). A análise de atividade antifúngica dos extratos foi realizada pelo método de poços em ágar, o fungo foi raspado da placa e diluído em um tubo com 10 mL de água estéril. O meio de cultura utilizado foi o Ágar batata dextrose (BDA). Foi vertido cerca de 25 mL de meio BDA nas placas, depois de solidificado o ágar foi adicionado 100 µl do inóculo fúngico e espalhados com o auxílio da alça de Drigalski. Logo após foram feitos 3 poços no meio onde foram adicionados em um poço 20 µl de água destilada para ser utilizado como controle e 20 µl dos respectivos extratos nos outros poços a uma concentração de 100 mg/mL. Então as placas foram vedadas e incubadas em estufa à 25 °C por 72 h.

Resultados e Discussão

Foi realizada a medição dos halos de inibição do crescimento do fungo. Passado o tempo de incubação, ao verificar as placas, observou-se o crescimento do fungo em toda superfície, indicando que os extratos não apresentaram efeito antifúngico sobre o fungo.

Conclusão

Sendo assim, os extratos, nas concentrações utilizadas, não apresentam potencial para aplicação em frutos com a finalidade de combater este fungo.

Área

Toxicologia e microbiologia de alimentos

Instituições

Universidade Federal de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

THAMYRES CESAR DE ALBUQUERQUE SOUSA, ALEXANDRA LYZANDRA ROSAS, RAFAEL CARNEIRO DE SOUSA, YASMIN BEZERRA MASSAUT, GLORIA CAROLINE PAZ GONÇALVES, ELIEZER AVILA GANDRA, ADRIANA DILLENBURG MEINHART