Dados do Trabalho

Título

SOBREVIVÊNCIA DE CULTURAS PROBIÓTICAS EM BALA DE GOMA ACÁCIA: EFEITOS DA ADIÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO (Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf) E DA TEMPERATURA DE ARMAZENAMENTO

Introdução

Objetivou-se avaliar os efeitos de óleo essencial de capim-limão (OECL) e da temperatura de armazenamento na sobrevivência de duas culturas probióticas (Lacticaseibacillus casei ou Limosilactobacillus reuteri) microencapsuladas adicionadas em bala de goma acácia. As culturas foram encapsuladas com alginato de sódio e goma acácia, pela técnica de extrusão.

Material e Métodos

A formulação base da bala foi composta por goma acácia (15%), sacarose (11%), glicerina bidestilada (10%), gelatina (10%) e água destilada (54%). A partir dessa formulação foram produzidas quatro formulações testes, sem e com OECL (100 µL%) e com 12% de cultura probiótica (L. casei ou L. reuteri). As balas foram armazenadas por 28 dias em duas temperaturas (ambiente: 26 ~ 28 ºC e geladeira: 4 ~ 6 ºC), resultando em oito tratamentos.

Resultados e Discussão

Ao final do armazenamento, a formulação com L. reuteri e OECL armazenadas em temperatura ambiente apresentou a contagem do probiótico de 6,94 log UFC/g e não diferiu do valor inicial (7,87 log UFC/g) (p > 0,05). Sua formulação equivalente, contendo L. casei, apresentou contagem semelhante (6,37 log UFC/g) no mesmo período, porém com redução significativa (p < 0,05) na sobrevivência dos microrganismos.

Conclusão

Ainda, independentemente de temperatura de armazenamento ou presença de OECL, sete dos oito tratamentos apresentaram redução na contagem dos probióticos (p < 0,05), sendo a exceção a formulação com L. reuteri e OECL armazenada em temperatura ambiente (p > 0,05). Além disso, as formulações de mesma cultura probiótica que continham OECL apresentaram contagens iguais (p > 0,05) ou superiores (p < 0,05) àquelas que não continham, indicando que o OECL, potencial agente antimicrobiano, não acarretou diminuição da sobrevivência dos probióticos na bala. A temperatura de armazenamento mostrou-se um fator importante para a sobrevivência das culturas probióticas na bala. As formulações contendo L. reuteri armazenadas em geladeira apresentaram contagem de bactérias inferior (p < 0,05) àquelas armazenadas em temperatura ambiente, enquanto nas formulações contendo a cultura L. casei não foi observada diferença na contagem (p > 0,05). Os resultados sugerem, nas condições do estudo, que o OECL não é deletério para a sobrevivência dos probióticos e o armazenamento em temperatura ambiente favorece a sobrevivência dos probióticos.