Dados do Trabalho


Título

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE ARMAZENAMENTO NOS TEORES DE VITAMINA C E DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS DE GELEIAS MISTAS DE PIMENTA BIQUINHO E MARACUJÁ-AMARELO ADICIONADAS DE MEL

Introdução

Em um mercado competitivo, os consumidores buscam constantemente novidades, como as geleias mistas, que combinam características sensoriais atrativas e conveniência ao reunir propriedades nutricionais, sabores, aromas e cores distintas de diversas frutas/vegetais. As pimentas, como a pimenta biquinho (Capsicum chinense), são destacadas por suas propriedades benéficas, como antioxidantes e carotenoides, enquanto o maracujá-amarelo (Passiflora edulis F. flavicarpa) é reconhecido por sua riqueza em compostos bioativos, como compostos fenólicos, antocianinas, flavonoides, carotenoides e vitamina C, conferindo-lhe notável capacidade antioxidante. Além disso, o mel, como adoçante natural, é uma opção saudável, contendo uma ampla gama de substâncias bioativas, como antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias, tornando-se interessante para sua adição em geleias mistas. Diante disso, este estudo buscou desenvolver geleias mistas de pimenta biquinho e maracujá-amarelo adicionadas de mel e analisar a influência da temperatura de armazenamento nos teores de vitamina C e compostos fenólicos totais.

Material e Métodos

A determinação do teor de ácido ascórbico (vitamina C) (mg/100 g) seguiu o método padrão da AOAC de 1984, sendo os resultados expressos em g/100g. Os compostos fenólicos totais foram quantificados usando uma metodologia adaptada de Folin-Ciocalteu e os resultados foram expressos em mgAGE/g geleia.

Resultados e Discussão

Os resultados indicaram estabilidade da vitamina C mesmo em temperaturas elevadas (45 ºC) (p >0,05), enquanto os compostos fenólicos totais aumentaram durante o armazenamento nessa temperatura (p ≤0,05). Este fenômeno pode ser atribuído à desnaturação proteica, exposição das posições ativas das proteínas e degradação dos agentes antioxidantes intrínsecos e produção de agentes antioxidantes não nutritivos, como os produtos da reação de Maillard. Estudos demonstram que o calor pode intensificar a atividade antioxidante do mel, aumentando gradualmente a quantidade de compostos fenólicos. Estes resultados contradizem tendências literárias, sugerindo influência significativa da temperatura nos compostos bioativos das geleias. Para os valores médios da vitamina C e compostos fenólicos totais, a temperatura e os componentes intrínsecos dos ingredientes influenciaram significativamente. Desta forma, conclui-se que a adição de mel contribuiu para o aumento dos compostos fenólicos totais, enquanto a vitamina C demonstrou estabilidade. Mais estudos são sugeridos para compreender melhor a estabilidade desses compostos em geleias mistas.

Conclusão

Este fenômeno pode ser atribuído à desnaturação proteica, exposição das posições ativas das proteínas e degradação dos agentes antioxidantes intrínsecos e produção de agentes antioxidantes não nutritivos, como os produtos da reação de Maillard. Estudos demonstram que o calor pode intensificar a atividade antioxidante do mel, aumentando gradualmente a quantidade de compostos fenólicos. Estes resultados contradizem tendências literárias, sugerindo influência significativa da temperatura nos compostos bioativos das geleias. Para os valores médios da vitamina C e compostos fenólicos totais, a temperatura e os componentes intrínsecos dos ingredientes influenciaram significativamente. Desta forma, conclui-se que a adição de mel contribuiu para o aumento dos compostos fenólicos totais, enquanto a vitamina C demonstrou estabilidade. Mais estudos são sugeridos para compreender melhor a estabilidade desses compostos em geleias mistas.

Área

Química, bioquímica e físico-química de alimentos

Autores

ANGELINA DE SOUSA CHAGAS, Fernanda Isabela Moreira, Luiza Leal Guimarães, Ariel Albuquerque Pio, Marina Maximiano De Oliveira Santos, Paloma Cristina Santos, Helder Canto Resende, Patrícia Aparecida Pimenta Pereira